O ministro da Justiça espanhol, Francisco Caamaño, disse nesta quinta-feira, em Roma, que a Espanha, "como país", não pagou pelo resgate do barco "Alakrana", liberado na terça-feira (17) após 47 dias sequestrado por piratas da costa da Somália. "Eu só posso dizer que a Espanha como país não o fez. E é o que posso, sem dúvida, afirmar e o que me consta", afirmou o ministro.
O ministro da Justiça, Francisco Caamaño, que negou pagamento
"Todos compreendem que foram encontradas soluções no âmbito internacional para uma situação complexa, difícil, e também podem compreender que temos que interpretar a lei e o direito em cada momento", acrescentou.
Sobre a investigação aberta pela Justiça espanhola, Caamaño disse que o Executivo atuou "com a lei na mão" e que lhe parece "perfeito" que a Promotoria apure "se houve descumprimento da lei e se a legalidade foi afetada, e que, portanto, se responda com o Código Penal caso algum tipo de crime tenha sido cometido".
Caamaño afirmou que o governo da Espanha, presidido pelo socialista José Luis Rodríguez Zapatero, seguirá trabalhando "com esforço, discrição e prudência" em situações como a do Alakrana" e lembrou que esta região continua sendo conflituosa.
O político espanhol também respondeu às críticas por parte da oposição espanhola sobre a atuação do Executivo durante o sequestro do barco pesqueiro, com 36 tripulantes. "É tarefa da oposição criticar o governo", disse, antes de acrescentar que é preciso valorizar a gestão realizada, que "se mede quase sempre pelos resultados, que são evidentes".
O Alakrana foi capturado por piratas somalis com 36 pessoas a bordo por volta das 3h30 (no horário de Brasília) do último dia 2 de outubro, nas águas do oceano Índico, no trajeto entre a Somália e as ilhas Seicheles.
Um porta-voz dos piratas identificado como Said Abdulleh havia dito a agências de notícias internacionais que o navio foi solto mediante pagamento de um resgate no valor de US$ 3,5 milhões (R$ 6 milhões) a US$ 4 milhões (quase R$ 7 milhões).
Em abril de 2008, um navio pesqueiro do País Basco foi sequestrado por piratas somalis por seis dias e só foi libertado após pagamento de um resgate de US$ 1,2 milhão (mais de R$ 2 milhões).
Grupos de piratas da Somália sequestraram dezenas de navios nos últimos dois anos e ganharam milhões em pagamento de resgates. Os ataques continuam apesar do aumento da vigilância internacional nas águas da Somália, país que enfrenta grave crise política sem um governo efetivo para combater os movimentos insurgentes.
Achei engraçado,porque apesar de a espanha negar, acho claro que pagaram... lol...
ResponderEliminarTeve que ser!
ResponderEliminarOs governos não gostam de negociar com terroristas, até para não abrirem precedentes, mas existem situações em que tem mesmo que ser...
claro e depois a público negam tudo... mas estes casos da pirataria ali na zona é complicado... todas as semanas aparece um caso!
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