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Violador do Facebook. Suspeito condenado por maus tratos

Também foi condenado por ter uma arma ilegal, por falsificação de documentos e foi arguido por tráfico de armas, mas nunca esteve preso

 "C. e o marido deslocaram-se de férias à localidade de Mina de S. Domingos, em Mértola, onde por várias vezes, o arguido lhe desferiu pontapés, bofetadas e com um ferro bateu-lhe nas costas" - são descrições de uma das agressões de Rogério P. à mãe da sua filha de seis anos, com quem entretanto terminou a relação. É um dos factos dados como provados que levaram à condenação de Rogério P. por maus-tratos num processo em Sintra, o mês passado.

Mas esta não é a sua única condenação. Rogério P., que ontem saltou para as primeiras páginas dos jornais, detido preventivamente em Beja, suspeito de ter violado duas mulheres e de estar envolvido em tráfico de armas, conforme o i publicou, tem mais duas condenações no cadastro. Foi condenado por crime de detenção ilegal de arma em 2004 e falsificação de documentos em 2007. Tinha sido suspeito num processo de tráfico de armas - a polícia apreendeu-lhe várias - e é arguido num outro processo, suspeito do mesmo crime, que está no tribunal desde 2008, mas ainda sem decisão.

O modus operandi passava pela utilização das redes sociais (bloqueou ontem todas as suas contas na internet), onde contactava com mulheres e, pelo menos em dois casos, é suspeito de ter obrigado as jovens, com pouco mais de 20 anos, a ter sexo com ele, segundo a investigação, sob ameaça de armas de fogo. As suspeitas podem vir a ser difíceis de sustentar em tribunal, porque as duas vítimas terão de provar não só as violações, mas também o uso das armas. Todavia, no processo há registos de ameaças feitas através do computador e do seu telemóvel. Outra questão que a defesa pode vir a alegar é que houve coacção sexual (um a oito anos de cadeia) e não violação (três a dez anos).

 Deixo vos um pequeno resumo do que se passou, mas para os interessados que tenham vontade de saber mais, deixo vos também um artigo aqui