O melhor momento de Lost? certamente um dos...

Lost já terminou há algumas semanas e deixou saudades, e tinha aqui este presentinho final de despedida para mostrar.
Se algumas dúvidas poderiam ainda existir quanto à forte componente de ficção científica de “Perdidos”, este episódio dissipou-as por completo e a série enveredou em definitivo na vertente de ficção, o que não impediu de nos brindar com momentos de nos fazer vir as lágrimas aos olhos quase, como este…
Este episódio conta-se como talvez, o melhor episódio de toda a série, opinião partilhada pela maioria dos fãs (eu incluído) e pelos próprios criadores, e é de facto um episódio que marca um ponto de viragem neste mundo de “Perdidos”. Trata-se do 5º episódio da 4ª temporada da série, intitulado – “The Constant”. A razão deste episódio ser tão especial, é que introduziu na série algo que aos poucos, vinha sendo apontado como uma possível realidade na série… o conceito de viagens no tempo. Isto não é novidade, dezenas de filmes e até séries exploraram-no, mas o facto como foi encadeado na série, deu-lhe como que uma lufada de ar fresco e algo extremamente complexo, é-nos explicado de forma aparentemente simples e acessível.
Alguns dos melhores episódios da série foram aqueles centrados numas das mais importantes personagens deste mundo – e acarinhadas pelos fãs – Desmond Hume, que sempre foi uma personagem algo especial, e em redor do qual certos aspectos ditos estranhos, aconteciam, razão pela qual não surpreende este episódio se centrar nele.
O conceito de viagem no tempo é simples… não é a própria pessoa que fisicamente viaja no tempo, mas antes a sua consciência. E neste episódio, um incidente em concreto, faz com que Desmond perca a noção da realidade, e “viaja” 8 anos atrás no tempo, não tendo conhecimento do presente nem das pessoas que o rodeiam. É-nos depois explicado, que as frequentes “viagens” no tempo, têm um efeito extremamente negativo para quem as experiência… a morte. Isto porque a dada altura, não era possível distinguir em que “tempo” estávamos e o nosso cérebro ficava que como preso numa realidade alternativa… e chegámos assim ao título deste episódio… a Constante.
A Constante, assume-se como o elemento capaz de neutralizar este efeito mortífero, e funciona como um elemento de ligação à realidade… algo familiar no passado e no presente. Pode ser um objecto, uma fotografia… e no caso de Desmond, uma pessoa. E uma pessoa muito especial… o grande amor da sua vida, Penelope.
Chegamos assim à razão deste post, a parte final do episódio.
É dito a Desmond, que a única forma de evitar a morte, é estabelecer contacto com a sua Constante. As coisas seriam fáceis, não tivesse o “Desmond” do passado, deixado Penelope em pleno altar plantada no dia do casamento, o que torna as coisas bem mais difíceis.
São essas imagens que deixo agora, o momento em que Desmond tenta desesperadamente contactar Penelope no passado, para lhe poder telefonar no futuro... parece confuso mas não é. E numa das cenas mais tocantes, mais comoventes e mais bem representadas postas em televisão, e digna quase dum Óscar, assistimos à brilhante interpretação por parte dos dois actores, tanto mais que não contracenaram juntos no final, mas através dum telefonema o que torna ainda mais difícil o impacto emocional necessário para a cena sair bem… Mas uma brilhante banda sonora absolutamente divinal, um comovente desempenho de ambos, e um diálogo bem escrito, fizeram o resto, e esta é daquelas cenas que faz partir o coração a qualquer um… o sorriso do Desmond diz tudo, e dá-nos sinal que tudo correu bem…
Fiquem com estas imagens que certamente deixam saudades, a quem acompanhou a série meses a fio…