A ideia de perdão póstumo ao bandido Billy the Kid no estado do Novo México, nos EUA, ganhou oposição dos descendentes do xerife que matou o famoso pistoleiro.
Os irmãos Jarvis Patrick Garrett e Susannah Garrett, descendentes do xerife Pat Garrett, que foi o responsável por matar Billy the Kid, reuniram-se na quarta-feira, em Santa Fé, com o governador do Novo México, Bill Richardson, para mostrar sua posição ao perdão.
Após a reunião, os irmãos disseram que Richardson ainda não tomou nenhuma decisão sobre o perdão ao famoso fora-da-lei.
Billy the Kid foi morto em 14 de julho de 1881.
História
Quase 130 anos depois de sua morte, o maior mito do Velho Oeste gera polêmica porque continua dividido entre a fama de impiedoso matador e a de uma espécie de Robin Hood americano.
De um lado estão, principalmente, os distantes descendentes do xerife que Billy teria assassinado em 1878, William Brady, e do xerife que o assassinou, dois anos mais tarde, Pat Garrett.
De outro estão pesquisadores como o criminalista Joel Jacobsen, autor de "Such Men as Billy the Kid" (algo como "Homens Como Billy the Kid").
Segundo ele, há evidências "fortes, mesmo irrefutáveis" de que, em 1879, o então governador Lew Wallace concordou em perdoar o cowboy, que estava preso, em troca de seu testemunho em outro caso.
Os registros mostram que Billy serviu de testemunha, cumprindo a sua parte do acordo, mas o governador, não. "O fora-da-lei foi mais honrado", diz Jacobsen.
Billy aguardava julgamento pela morte do xerife Brady, a quem ele e seus amigos acusavam de corrupção por ter soltado capangas que mataram seu chefe a mando da elite da região.
Os mais ricos, acostumados a acossar pequenos produtores e comerciantes, teriam visto no chefe --e amigo'-- de Billy uma ameaça a seu monopólio.
O cowboy foi solto mesmo sem o perdão formal, mas, dois anos depois, se viu à mercê da perseguição do xerife Garrett.
Preso, ele escreveu ao menos quatro cartas ao governador, pedindo que ele fizesse valer o acordo, mas de nada adiantou. Foi condenado à forca.
Transferido de volta a Lincoln, onde iniciara carreira, ele conseguiu se livrar das algemas nas mãos e pés e fugir, matando dois policiais. Para Jacobsen, a fuga mostra que Billy contava com grande apoio entre a população.
"E os assassinatos ocorreram depois que o governador quebrou sua promessa. Se ele a tivesse mantido, esses dois policiais não teriam sido mortos", completa a advogada Randi McGinn, 55, que cresceu perto de Lincoln e é a autora do pedido de perdão.
"Ouvi a história de Billy a vida toda e nunca soube do acordo. Normalmente, são descendentes que movem pedidos de perdão póstumos, mas Billy não possui herdeiros legítimos. Daí, me voluntariei", ela explica.
"Quando o governador promete retirar acusações em troca de você arriscar sua vida para testemunhar, ele precisa manter a palavra."
Um século ou mais depois é que se foram lembrar sobre isto? E por quem? Por uma advogada qualquer sem nada que fazer? Bom, uma injustiça foi feita a billy the kid, e vamos lá por tudo em pratos limpos!
ResponderEliminarlol é uma advogada com peso na consciência! Esta história quase dava um filme lol não me admira nada que um dia destes tenhamos aí a longa metragem! mas realmente se o homem foi morto injustamente... agora também de pouco adianta, ele não está cá para gozar o perdão lol
ResponderEliminar