Ficha Técnica:
Elenco / Créditos
Com: Emily Browning, Vanessa Hudgens, Abbie Cornish, Jena Malone, Carla Gugino e Scott Glenn
Realizado por: Zack Snyder
Argumento: Zack Snyder / Steve Shibuya
Produção: Zack Snyder / Deborah Snyder
Género: Acção / Aventura / Fantasia
Data Estreia: 31 Março 2011
Distribuidores: Columbia TriStar / Warner Bros.
Um filme em videojogo, ou um videojogo em filme?
ResponderEliminarChegou às salas um dos filmes que mais expectativas geraram desde que as primeiras imagens começaram a ser divulgadas o ano passado, ou não fosse este mais um projecto com a assinatura de Zack Snyder, que já nos trouxe filmes soberbos como ‘300’ e ‘Watchmen’ e mais recentemente o também espectacular ‘A Lenda dos Guardiões’.
Mas, verdade seja dita, este ‘Sucker Punch – Mundo Surreal’ gorou um pouco as expectativas e desilude se bem que tenha os seus momentos.
A história (um dos pontos frágeis do filme) gira em torno de Babydoll, uma adolescente que após perder a mãe se vê confinada em casa com a sua irmã mais nova, na companhia do seu não tão amigável padrasto que lhes faz a vida num verdadeiro inferno... Após uma discussão mais acesa, o homem decide tomar medidas drásticas e resolver o problema de vez mandando e indefesa Babydoll para um asilo psiquiátrico.
Começa aqui a “viagem” de Baby que forma equipa com mais 4 beldades na tentativa de engendrarem um plano para escaparem do seu cativeiro e alcançarem a liberdade.
Sem ser muito bem explicado como (mas também pouco importa no género de filme) Baby dá largas à imaginação e na sua mente o asilo psiquiátrico torna-se numa espécie de bordel de luxo, onde as raparigas “dançam” para agradarem os visitantes… masculinos.
Num processo também não muito claro, através dessa dança, Baby e as suas companheiras conseguem ter acesso ao fantasioso mundo épico criado por Snyder e é realmente aí que as coisas se tornam mais interessantes!
As meninas tornam-se de frágeis e indefesas para verdadeiras máquinas de guerra destruindo tudo o que lhes aparece à frente!
Nesse mundo, as meninas são uma espécie de personagens de um jogo e é-lhes explicado que para atingir determinado fim têm de reunir uma série de itens… tendo sucesso na recolha desses itens, passam para o nível seguinte e tendo sucesso, ganham o “jogo” e alcançam a tão desejada liberdade.
Claro que a tarefa não é fácil e para terem sucesso as meninas terão de ultrapassar poderosos adversários que farão de tudo para garantir que elas não consigam vencer!
Infelizmente o delicioso aspecto visual de Sucker Punch não chega para convencer o espectador num filme por vezes confuso e sem qualquer lógica narrativa e que pretende muito mais ser “estiloso” e “fixe” do que provir com uma história que faça sentido, o que é uma pena, porque havia potencial para muito mais…
Com um inicio de carreira ligado à realização de videoclips musicais, Snyder mostra quem tem um grande talento para criar mundos verdadeiramente espantosos visualmente, mas em termos de argumento, deixa muito a desejar.
ResponderEliminarA sua influência na música é claramente notória já que há excertos inteiros do filme que parecem saídos de uma qualquer música pop foleira, sem qualquer diálogo pelo meio, só música e cenas em ‘slow-motion’ no ecrã…
Apesar da espectacularidade no “mundo surreal”, as cenas de acção são profundamente irrealistas e desafiam a verdadeira lei da física!
A certa altura já nem queremos saber que adversários as meninas vão debater porque já adivinhamos o desfecho das lutas e quase apetece perguntar se elas são imortais dado que saem de todas sem um só arranhão sequer, seja a enfrentar dragões, seja a enfrentar robots armados até aos dentes!
Quanto a performances não contem com nada de muito transcendente, há um ou duas personagens interessantes, que curiosamente nem são as protagonistas, ou no caso a protagonista.
De facto Baby é extremamente fraca como “líder” do grupo e parece quase uma tábua rasa numa actuação pobre ao longo de quase todo o filme.
A rapariga faz jus ao nome e parece uma boneca sem vida que se limita a olhar para a câmara e a dançar!
As restantes personagens cumprem com o seu papel mas o que aqui importa é tudo menos elas pois o grande interesse no filme é o mundo “virtual” e à semelhança de outros filmes de Snyder, em termos visuais ‘Sucker Punch’ é mel para os olhos!
Os cenários são espectaculares, os efeitos especiais soberbos e as cenas de acção ainda que bastante irrealistas, aceitam-se no tipo de filme que Punch se insere... acção pura e dura!
Quando perto do final do filme, as coisas se começam a tornar mais interessantes em termos narrativos, já levámos com tantos tiros e explosões na cara que nem queremos saber!
Em conclusão, ‘Sucker Punch’ não é um desastre completo mas também não se eleva acima de nenhum filme do género (e há-os melhores) que não tenhamos postos os olhos em cima.
Peca por querer ser demasiado “fixe” o que lhe confere um sentido vazio e oco de qualquer ligação dramática que mesmo em filmes de “encher o olho” é sempre necessária…
Se conseguem ir para um filme e desligar as leis da “lógica” e da “realidade” por 1h40 minutos, o mais certo é acharem alguma piada a este “Punch” e deixarem-se levar num filme que infelizmente promete mais que o que cumpre! Leva um 3.0, Suficiente/Razoável.
O melhor:
- As meninas (tinha de ser); o soberbo aspecto visual; a banda-sonora; as cenas de acção (ainda que demasiado irrealistas); pura diversão.
O pior:
- A falta de uma história mais rica e envolvente e já agora menos confusa; o excesso de cenas com música de fundo que tornam o filme quase um videoclip musical; as actuações pobres de certas personagens; o tentar ser “fixe” em demasia, o que acaba por estragar grande parte do filme.
Bom, pelo que o que esta aqui descrito, sendo um filme sem história, não me parece ser do meu tipo... a não ser que sua história seja complicada mas contenha algum desenlace, ou uma segunda história atrás da história principal, o que também não parece ser o caso... Ainda assim pelos efeitos especiais tanto no trailer como também aqui descritos, merecem uma olhadela...
ResponderEliminarFilme virou um cult agora. É um "anime" sem ser anime.
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