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domingo, 22 de maio de 2011

Filme da Semana: ´POC: On Stranger Tides - PDC: Por Estranhas Marés' - (análise)













Ficha Técnica:
Elenco / Créditos

Com: Johnny Depp, Penélope Cruz, Geoffrey Rush, Ian MacShane, Kevin MacNally, Sam Claflin e Astrid Berges-Frisbey
Realizado por: Rob Marshall
Argumento: Ted Elliot / Terry Rossio
Produção: Jerry Bruckheimer
Género: Acção / Aventura / Fantasia
Data Estreia: 19 Maio de 2011
Distribuidores: Walt Disney Pictures

4 comentários:

  1. Piratas literalmente… à deriva!

    Depois de duas sequelas que nunca conseguiram superar o fantástico êxito do original ‘Piratas das Caraíbas: A Maldição do Pérola Negra’, a Disney volta à carga com este novo capítulo duma saga que começa apresentar claros sinais de desgaste…
    O original de 2003 tornou-se imediatamente um daqueles casos de enorme sucesso, e apresentou-nos pela primeira vez ao irreverente capitão Jack Sparrow, cuja peculiar maneira de ser nos fez apaixonar pela sua personagem! Aliás até a Disney percebeu que a grande fórmula de sucesso desta saga era a carismática personagem, daí ter decidido avançar com duas sequelas, primeiro com ‘O Cofre do Homem Morto’ e depois ‘Nos Confins do Mundo’.
    Infelizmente, a qualidade das sequelas foi decaindo sucessivamente e o último filme da saga foi muito criticado pela sua narrativa demasiado confusa e uma duração excessivamente longa para um filme do género.
    No fim do filme foi apontada a dica de se avançar com um novo filme e quatro anos depois aí está ele com este ‘Por Estranhas Marés’ que nos coloca no encalço da mítica Fonte da Juventude… mas pode-se desde já dizer que se é este o caminho para tentar ao menos igualar o sucesso do primeiro piratas, estamos no mau caminho…
    O filme arranca em plena Londres onde o nosso Capitão Jack (Johnny Depp) se encontra… e já sabemos, onde Jack está, é mais do que certo que irá haver confusão!
    Rapidamente damos de caras com um velho conhecido e amigo de Jack, Gibbs (Kevin McNally) a braços com uma estranha acusação…
    Depois de uma espectacular fuga encetada por Jack e o seu velho parceiro pelas ruas de Londres, num dos pontos altos do filme, encontramos outra cara conhecida, o eterno rival de Jack, o Capitão Barbossa (Geoffrey Rush), que aparentemente abandonou a sua vida como pirata e trabalha como contratado do próprio Rei de Inglaterra.
    Mas não terá ele também a sua própria agenda escondida?
    Depois desta breve introdução o filme arranca para o seu habitat mais natural, o mar, onde se desenrola o tema central desta parte 4, a busca pela Fonte da Juventude, e claro, toda a gente está envolvida na trama, Jack, Barbossa e até a Armada Espanhola… mas não só!
    Pelo meio da busca as nossas velhas conhecidas personagens encontram novas caras e chegamos assim á adição das novas personagens na saga, uma delas a bela Angelica (Penélope Cruz), uma personagem misteriosa com quem Jack teve umas desavenças no passado e que está também em busca da Fonte. Outra nova personagem é o pirata Blackbeard - Barba Negra (Ian McShane), aqui no papel de vilão de serviço, mas que por muito que tente, nunca chega a ser genuinamente convincente no papel como por exemplo Davy Jones dos anteriores filmes bem mais eficaz.
    Como se percebe, há todo um rol de novas adições à trama para suprir claro duas ausências notórias dos filmes anteriores, Will Turner (Orlando Bloom) e Elisabeth Swan (Keira Knightley), duas das personagens principais com quem nos tínhamos vindo a familiarizar e que agora ficaram de fora o que infelizmente afectou claramente a série.
    Ainda assim há uma vaga tentativa de tentar preencher o vazio deixado pelo casal, num romance sem qualquer propósito e tão breve e forçado que nunca chega a convencer.
    Depois de apresentadas as personagens o resto do filme foca-se claro pela busca da Fonte à medida que acompanhámos os vários grupos envolvidos, cada uma com as suas próprias motivações, umas mais fortes do que outras, destacando-se pela negativa a Armada Espanhola, muito mal aproveitada no filme! Nem uma batalhazinha há em alto-mar!

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  2. Passando para outro aspecto, se uma das cenas fortes do filme é a bem conseguida sequência da fuga em Londres no começo do filme, o momento mais alto do filme ocorre mais para o meio, envolvendo um grupo de sereias (elemento importante na história), numa cena também memorável, mas que infelizmente é breve demais para grande desilusão…
    De facto tirando estas duas cenas e mais uma ou outra sequência de espadas em punho, o departamento de acção deixa muito a desejar, muito por culpa talvez de outra mudança na saga e que certamente a afecta (pela negativa) a substituição do realizador Gore Verbinski, por Rob Marshall, que dirigiu apenas dois musicais, e parece realmente não estar tão à vontade para filmar cenas de acção, aqui reduzidas drasticamente em comparação com os filmes anteriores.
    O resto do filme decorre sem nenhum outro momento de destaque e com a descarada tentativa de imitar aqueles elementos surpresa que davam uma reviravolta completa na história e tão bem introduzidos anteriormente, mas limitados aqui a umas quantas traições entre certas personagens, facilmente desmascarados pelo espectador mais atento.
    Outro aspecto algo irritante é o facto de inexplicavelmente grande parte do filme ocorrer de noite o que lhe tira toda a graça, em cenas demasiado escuras e mal iluminadas que tornam o filme um verdadeiro sacrifício de seguir!
    Falando das personagens, mesmo com as novas adições, as únicas realmente interessantes continuam a ser Jack e Barbossa. Depp continua a ser divertido de ver como Jack e tem os seus momentos, mas começa a ser evidente que a personagem está a ficar gasta e rotineira e questionámo-nos até onde a corda pode ser esticada, por oposição a Barbossa, surpreendentemente eficaz desta vez, roubando quase o protagonismo a Jack.
    Pelo meio há ainda uma ou duas revelações interessantes que serão definitivamente exploradas no já anunciado 5º filme!
    Em conclusão, ‘Piratas das Caraíbas: Por Estranhas Marés’, é sem dúvida um pouco melhor em relação ao filme anterior; temos novas caras, com destaque para Penélope Cruz, agradável de ver no ecrã e com boas cenas com Depp, e um Geoffrey Rush que continua a ser um fantástico Barbossa e cujas motivações no filme são bem realizadas;
    Mas as mudanças introduzidas não fazem esquecer certas perdas que afectam este 4º filme pelo que ou o filme que se segue é melhor apresentado e sobretudo realizado, ou então estes Piratas correm o risco de serem afundados de vez!
    Leva um 3.0, Suficiente/Razoável.

    O melhor:
    - A história mais simples e directa; algumas sequências de mais acção, com destaque para a fantástica cena das sereias; os novos actores que trazem novo alento á saga (mas nem todos); a dupla Jack e Barbossa, que partilham as melhores cenas no filme.

    O pior:
    - A falta de mais acção; a mudança de realizador que introduz no filme um ritmo demasiado lento; a falta de Will Turner e Elisabeth Swan que deixam um vazio na saga; a falta de elementos surpresa e boas ideias dos filmes anteriores; a irritante opção por filmar grande parte do filme de noite; o 3D, para variar, quase nem se nota; a fórmula esgotou de vez?

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  3. Bom, como grande fã do filme, alias dos 3, não tenho tanta expectativa de ver este, pois acho que equipa que ganha não se muda... Compreende se que este é um filme de "piratas", que os personagens principais serão sempre os "Captions" e a perseguição que tem da "Royal Navy" e companhia que os querem prender, e suas aventuras, algumas delas sobre lendas incríveis, como foram os primeiros filmes. Pode se realmente dizer que o segundo e terceiro filme é um pouco mais fantasioso, com a história a envolver um barco que submerge e que tem como tripulantes "metade homem,metade peixe", mas acho que a principal arma nestes filmes foram ver Jack,Will e Elizabeth, um trio muito bons de actores, a interagir em novas aventuras, em novas situações... E posto isso, acho que se perdeu um pouco da base do filme! (juntamente com a tripulação do Black Pearl, o Norrington, o Governor, etc...)

    E a duração... Acho que de uma vez por todas tem de ser explicado este "fenómeno"... Se um filme manter uma bom ritmo, uma boa intensidade, com bons actores e boa história, que deixam os seus seguidores "colados" ao ecrã, o filme até pode ser de 4 horas que nem se vê tempo a passar! (mas não convém, pois temos mais coisas a fazer na vida que ver filmes...)

    Portanto acho que o primeiro é a introdução da "base" do filme, com uma pequena história, o segundo e terceiro, partindo do primeiro, não iria estar meio filme voltar a introdozir personagens, portanto passou imediatamente para a acção e fantasia, com a base do primeiro. E dai acho que podendo ser um pouco piores, são dentro do muito bons, ligeiramente piores.. Mas sinceramente, bem realizados, e com uma história capaz, a "base" iria sempre fazer bons filmes.

    Posto isto, com mudanças na equipa de actores, mudanças na realização, com um ritmo baixo, menos acção e mal filmada, como explicou Carteirista (e gostei de ver que ele já compreende melhor a importância do ritmo e intensidade nos filmes), este filme realmente não me deixa com grandes expectativas... Mas no mínimo, espero estes novos actores tenham se adaptado bem na "base", que pelo menos tenha sido um filme razoavelmente bom, e que no 5º acabe a matar!

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  4. o problema é que todo o conceito geral desta lenda da fonte da juventude parece muito interessante no papel, mas depois no filme fica muito aquém das expectativas... coisa que nos filmes anteriores, mesmo nos últimos 2, haviam vários pontos da história em simultâneo, o que gerava alguma confusão, mas tínhamos interesse no desfecho que esses pontos teriam... se iam conseguir quebrar a maldição do Davy Jones, se o Jack ia conseguir quebrar a sua maldição... havia pontos de interesse... neste isso não acontece com tanta evidência...
    andam todos atrás da fonte, tipo porque sim... lol
    e claro, com 3 filmes anteriores cheios de boas cenas de acção e batalhas, chegar aqui a este e ver um filme muito mais "falado" é uma pena... filmes de acção é para ter acção! dramas, ficam para os dramas!

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