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sábado, 11 de junho de 2011
Filme da Semana: ´X-Men; First Class - X-Men: O Início' - (análise)
Ficha Técnica:
Elenco / Créditos
Com: James McAvoy, Michael Fassbender, Kevin Bacon, Rose Byrne, Jennifer Lawrence, Nicholas Hoult e January Jones
Realizado por: Matthew Vaughn
Argumento: Ashley Miller / Zack Stentz / Jane Goldman / Matthew Vaughn
Produção: Stan Lee / Brian Singer
Género: Acção / Aventura / Drama
Data Estreia: 09 Junho de 2011
Distribuidores: 20th Century Fox / Marvel Studios
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Os mutantes revelam-se ao mundo…
ResponderEliminarChegou às salas esta semana mais um filme de uma das sagas de maior sucesso no mundo das adaptações da Banda Desenhada, desta feita no universo dos mutantes de X-Men.
Lançado em 2000, a saga tem dado voltas e reviravoltas e depois de 3 sequelas sucessivas e um reboot focado na personagem Wolverine em 2009 com ‘X-Men Origins: Wolverine’ que veio acentuar o já notado decréscimo de qualidade desde o original, eis que finalmente chega às salas este regresso às origens num completo reboot/remake da saga que pega na história desde o início numa tentativa de revitalizar a franchise!
O realizador Matthew Vaughn foi o escolhido para dirigir a película, depois de alguns percalços em que o filme esteve envolvido e após nos ter brindado em 2010 com um dos melhores filmes do ano, ‘Kick-Ass: O Novo Super-Herói’, Vaughn volta a mostrar que é um realizador competente e este ‘X-Men: O Início’ é já considerado por muito boa gente como o melhor da saga e bem, de facto é-o praticamente!
Desta vez a história, muito mais complexa do que em qualquer dos capítulos anteriores, transporta-nos para uma realidade diferente, onde a existência de mutantes era completamente desconhecida para nós, humanos, focando-se muito especificamente nas origens de duas personagens centrais deste universo, o Professor X e Magneto.
Será em torno da relação destas duas personagens que iremos explorar grande parte do resto do filme desde que ambos se tornaram grandes amigos até à inevitável ruptura que iria atirá-los para lados opostos.
O filme começa com uma recriação da infância de Magnetto / Erik Lenhsherr (Michael Fassbender) e cedo percebemos que os acontecimentos e abusos a que foi sujeito às mãos do regime Nazi num campo de concentração iriam marcar para sempre a personalidade de Erik.
Ali Erik fica a perceber que é diferente dos demais quando descobre que tem um estranho poder ao tentar salvar a sua mãe.
Atento ao seu especial poder está também o vilão de serviço, Sebastian Shaw (Kevin Bacon), que rapidamente percebe o enorme potencial destrutivo da habilidade e vai fazer de tudo para Erik a manifestar, sujeitando-o a todo o tipo de atrocidades que marcarão para sempre o futuro do jovem miúdo.
Chegado à idade adulta, é claro tempo de vingança e numa mudança radical no filme, Erik torna-se quase num James Bond caçador de Nazis, fluente em várias línguas, viajando pelos cinco continentes e numa busca incessante ao homem que o fez passar por tantos sofrimentos em criança e Erik não vai descansar enquanto não vingar a morte da mãe.
No outro extremo da história temos claro o homem que viria a tornar-se no Professor X, Charles Xavier (James McAvoy), numa versão totalmente diferente, jovem, cabeludo, engatatão e ainda sem estar preso a uma cadeira de rodas; um homem com uma personalidade forte, muito diferente de Erik, que acredita na paz e bondade e que Humanos e Mutantes possam co-existir pacificamente.
Apesar das suas diferenças, Erik e Charles tornam-se quase irmãos, ou não partilhassem ambos dois dos maiores poderes à face da terra e Charles usa inclusive o seu próprio poder de telepatia para ajudar Erik a aumentar a amplitude da sua habilidade de controlar metais.
Ao mesmo tempo ficamos a saber os planos do também mutante e maquiavélico Shaw e o seu grupo, cujos planos giram em torno do eclodir do conflito entre a URSS e os Estados Unidos durante a chamada Crise de Mísseis Cubana onde somos brindados quase com uma lição de história sobre os eventos que colocaram o mundo em suspenso perante a ameaça de uma guerra nuclear.
A juntar-se ao elenco temos claro um punhado de outros mutantes, uns já conhecidos de filmes anteriores como a bela Mystique (Jennifer Lawrence) ou o The Beast (Nicholas Hault), a cargo de outros actores, que expõe muito bem em termos emocionais os complexos que atormentam as suas vidas pelo facto de serem diferentes; mas há também todo um novo rol de mutantes, Banshee com o seu grito super-sónico; Angel, com asas que lhe permitem voar; Darwin capaz de se adaptar ao meio ambiente envolvente e Havok, com os seus raios laser. Do lado dos mauzões temos a White Queen que tem também poderes telepáticos e consegue transformar-se em Diamante; Azazel capaz de se teletransportar e Riptide que consegue criar tornados.
ResponderEliminarComo se percebe a história em torno deste X-Men é bastante complexa e com muitas vertentes diferentes sendo um filme muito mais emocional e exigente a esse nível o que pode desagradar a alguns se estão a contar com um filme mais mexido em termos de acção.
Uma palavra ainda para algumas cenas mais cómicas que ainda se conseguiram introduzir, o que é ainda mais curioso dado o tema mais sério da história, destacando-se a cena em que os jovens mutantes brincam com os seus poderes e claro a breve aparência de Wolverine (Hugh Jackman) que apesar de breve é impagável!
Em termos de actuações, nada a assinalar, temos um excelente leque de actores a liderar esta história e que nos mantêm agarrados desde o inicio, destacando-se claro o trio principal Xavier, Erik e claro o vilão Sebastian, estão todos excelentes nos seus respectivos papéis!
No que toca aos aspectos mais técnicos a única crítica apontar é realmente estarem em minoria sendo este talvez o menos “mexido” filme da saga, mas até de certa forma se percebe a razão já que este é uma completa introdução à saga focada muito mais nas suas personagens do que propriamente nos seus poderes. Apesar de tudo, sendo em pouca quantidade, as cenas de acção felizmente não perdem nada em qualidade e são absolutamente fantásticas, com efeitos especiais de ponta e claro dando grande destaque à habilidade de Erik com a manipulação dos seus metais e Xavier, com a telepatia, estando a cargo destes dois as melhores cenas do filme.
Muito boa está ainda toda a sequência final da recriação da batalha em Cuba a intensa cena em que Erik vinga finalmente a morte da mãe e o tocante momento em que Charles é ferido e ficará para sempre agarrado a uma cadeira de rodas, só para citar alguns casos.
Em última análise este filme é sobre a relação entre dois dos mais poderosos mutantes do universo X-Men e que, por muito amigos que fossem, nem a maior das amizades conseguiria salvar uma relação condenada desde o início.
Um filme que serve quase como uma introspecção sobre estas personagens que nos habituámos a acompanhar no futuro, e que agora temos a oportunidade de vislumbrar mas no seu passado e todos os acontecimentos que culminaram com o nascimento de Magneto e Professor X e que marcaram para sempre as suas personalidades e que só pelo facto de ter tido a ousadia de retratar estes eventos do passado, algo invulgar nestes filmes do género, merece todo o valor! Venha o próximo!
Leva um 4.0, Bom/Aprovado, num dos melhores filmes da saga!
O melhor:
- O excelente elenco de actores, todos fantásticos nos seus papéis; a envolvente história, complexa por vezes, mas muito bem conseguida; a recriação do conflito histórico na Crise de Mísseis Cubana; as fantásticas cenas de acção; um regresso às origens para explicar algo ainda por recriar nos filmes da saga;
- O filme mais “parado” de todos os X-Men, o que pode desagradar a alguns; talvez um pouco longo de mais; alguns dos mutantes de serviço sem grande relevo para a história e que pouco mais fazem que exibir poderes.
Bom, concordo com praticamente tudo aqui dito, gostei de o realce do filme "algo parado", pois realmente é o que acho mais relevante neste filme! Nunca o colocaria como melhor da serie de filmes X-Men já realizado... Mas tenho de admitir, que diferente mas bom! Foi como já dito, uma introdução, quase como "X-Men" em versão kids, que poderia ser um grande falhanço, a meu ver, não o foi, e por dois grandes motivos: A introdução de Kevin Bacon e sua equipa e sua parte na história (o que coloca dentro da história principal de como se formou e se conheceram os principais personagens do X-men, uma segunda história, essa sim, de grande interesse durante o filme todo) e o aspecto histórico, ou seja, dentro da história principal X-Men, que sabemos à partida ser "fictícia", existe uma adaptação da "história" que conhecemos (excelentemente feita, em particular para mim o tal ataque a cuba e a referencia nazi , fuga dos principais elementos , bases nazis, conflitos da guerra fria, etc...), o que torna o filme estranhamente "realista". 5 Estrelas nisso! Mas nem tudo é bom neste filme,a falta dos principais actores do filme (colocar Logan 2 segundos... enfim!) fez este filme nem parecer o X-Men que conhecemos, mas Bacon e Prof. Xavier,com carisma e boas performances, trataram de fazer do filme algo mais do que uma imitação rasca de X-Men anteriores (não gostei do actor de Magnito, acho que não causou impacto como actor...) e a história, referida pelo nosso amigo Carteirista como complexa e bem, mas mau para este tipo de filme, foi mal realizada ,com constantes mudanças de cenário, (complicam muito a vida de quem tenta acompanhar a história) e com pouca acção "à X-Men", salvando se apenas a cena de Cuba, onde ai sim vemos, finalmente, as lutas entre os "Mutantes" e seus poderes em acção! Por fim, digo que sendo um bom filme, não é comparável aos anteriores, e a ser, é inferior, mas dado que foi, como bem referido aqui, a introdução, esperemos que os próximos seja mais a "bombar"!
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