Coração de camundongo recém-nascido se regenera, diz estudo
Segundo pesquisa, é a primeira vez que esse processo é observado em mamíferos
Cientistas americanos descobriram que os corações de camundongos recém-nascidos podem se regenerar, em um processo nunca visto entre mamíferos e divulgado por meio de um estudo nesta sexta-feira pela revista Science.
Os pesquisadores do Centro Médico Southwestern, da Universidade do Texas, autores da pesquisa, removeram o que é conhecido como o ápice ventricular esquerdo do coração (cerca de 15% do músculo cardíaco) dos camundongos, apenas um dia depois de eles terem nascido.
Foi observado que o coração se recompôs completamente após 21 dias. Dois meses depois, o órgão parecia estar funcionando normalmente.
Muitos peixes e anfíbios são conhecidos por sua capacidade de reconstruir o tecido de seus corações, mas, segundo o estudo divulgado nesta sexta, isso nunca tinha sido observado em mamíferos.
Para especialistas britânicos, o entendimento desse processo nos camundongos pode ajudar em tratamentos cardíacos para humanos.
Período curto. No entanto, quando o mesmo experimento foi realizado em roedores com uma semana de vida, o coração foi incapaz de se refazer sozinho, indicando que é curto o período em que os animais preservam a habilidade de autorregeneração.
Acredita-se que as células cardíacas continuem a se replicar e se recompor durante um breve intervalo após o nascimento do camundongo.
Ataques cardíacos. Os cientistas americanos agora buscam formas de ativar esta capacidade regenerativa em corações de camundongos adultos, com a ambição de fazer o mesmo em humanos e corrigir danos causados durante ataques cardíacos.
"Identificamos um micro-RNA (pequeno pedaço de material genético) que regula esse processo e vamos tentar usá-lo como forma de incrementar a capacidade de regeneração cardíaca. Também estamos buscando novas drogas que possam reavivar esse mecanismo na vida adulta", afirma Olson.
O pesquisador diz, no entanto, que novas pesquisas esbarram em desafios, como evitar que a alteração das células cardíacas humanas provoque arritmias, por exemplo. Além disso, o funcionamento do coração humano é mais complexo do que o de outros animais.
bem pobres ratinhos são sempre usados como cobaias neste tipo de estudos mas é um mal necessário para melhorar a nossa qualidade de vida e claro descobrir novos avanços para curar doenças até agora incuráveis... portanto muito respeito por estes pequenos roedores!
ResponderEliminarBem, sem duvida que ratos são usados e abusados, mas a parte mais interessante da história é o caso que os ratos conseguirem regenerar o seu coração quando estão a crescer! Poderá ser este o caminho para a cura de muitos problemas que temos no coração?
ResponderEliminarbem aplicar isto a nós para já, não sei... se eles conseguem regenerar o coração apenas quando são muito novos, logo aí há um problema, porque muitos problemas do coração surgem nos humanos já na idade adulta ou na velhice... portanto... mas pronto vamos avanços nesta matéria sem dúvida
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