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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Filme da Semana: ´Rise of the Planet of the Apes - Planeta dos Macacos: A Origem' (análise)







Ficha Técnica:
Elenco / Créditos

Com: James Franco, Freida Pinto, John Lithgow, Brian Coxm, Tom Felton, David Oyelowo e Andy Serkis
Realizado por: Rupert Wyatt
Argumento: Rick Jaffa / Amanda Silver
Produção: Peter Chernin / Dylan Clark
Género: Ação / Drama / Ficção
Data Estreia: 10 Agosto de 2011
Distribuidores: 20th Century Fox / Chernin Entertainment


6 comentários:

  1. A revolução liderada por Ceaser…

    (Pequenos spoilers podem surgir)

    Depois de muita divulgação de clips, imagens e trailers, chega às salas um dos filmes mais esperados desta temporada de Verão, onde se concentram em geral, boas propostas de cinema…
    Não sendo o “blockbuster” do momento, nem o grande filme que as imagens aparentavam, ‘Planeta dos Macacos: A Origem’, cumpre no entanto, o seu papel de reboot/remake da saga de clássicos sobre este tema, todos da já longínqua década de 70, à excepção do filme de 2001, ‘O Planeta dos Macacos’, realizado por Tim Burton que também foi muito fraquinho.
    Ano de 2011, versão nova, macacos fielmente recriados digitalmente e claro, uma nova história, que sofre talvez do mesmo mal de outros ‘reboots’ do género, é demasiado expositiva e cuidadosa em referir todos os aspectos e chegámos ao fim com aquela sensação de “já acabou”?
    Mas vamos por partes…
    A história deste novo filme é bem actual e apresenta-nos a Will Rodman (James Franco), um brilhante investigador científico empregado numa grande empresa de engenharia genética e que está na eminência de descobrir uma cura para a terrível doença de Alzheimer, através de uma nova droga.
    Claro que o campo de estudo não é de todo descabido, já que Will tem de lidar com os seus próprios problemas pessoais nesta matéria, uma vez que o próprio pai, Charles Rodman (John Lithgow) sofre da doença e está prestes a perder a sua sanidade mental.
    Os nossos amigos símios entram em cena, sendo claro, objecto de estudo e de teste da nova droga, antes de esta poder ser comercializada e usada em seres humanos, e Will tem vindo a testá-la em chimpanzés, com resultados surpreendentes, mas com um pequeno senão… a droga parece funcionar, mas torna também os chimpanzés mais inteligentes.
    Quando a chimpanzé fêmea Bright Eyes, faz uma espantosa demonstração disso mesmo, Will acredita estar pronto para avançar para a próxima fase, mas como sempre acontece as coisas não correm como o esperado e um súbito ataque de fúria da chimpanzé numa altura crucial, mostra que afinal a droga não está ainda em condições e Jacobs (David Oyelowo) e patrão de Will, decide tirar-lhe o tapete e encerrar o programa!
    Obcecado, após estar tão perto de uma cura e com motivos pessoais à mistura, Will não desiste, e numa sucessão de eventos, acolhe o pequeno chimpanzé bebé Caeser, na sua própria casa, tendo assim um sujeito de teste sempre disponível.
    Começa então a fantástica viagem pelo elemento mais importante no filme, o crescimento e evolução de Caeser, e a sua transformação de chimpanzé irrequieto a criatura com consciência capaz de pensar por si e natural líder, é absolutamente magnífica!
    Relatar mais do que daí por diante vai acontecer, seria estragar grande parte do filme, portanto se quiserem saber como é que o doce e ternurento chimpanzé se voltou contra o seu criador, têm mesmo de ver o filme.
    Escusado será dizer que as coisas não correm bem, quando se tenta meter um chimpanzé a viver entre humanos.

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  2. Retratado por Andy Serkis, o mesmo actor que deu vida a Gollum, na saga ‘O Senhor dos Anéis’, não há dúvidas em afirmar que Ceaser, é o grande herói deste filme, roubando protagonismo e cena atrás de cena aos próprios actores de carne e osso!
    Serkis, está como peixe na água, pois já familiarizado com a técnica de captura de movimentos usada em Gollum.
    Claro que a tecnologia evoluiu, e os estúdios de efeitos especiais da Weta Digital, revolucionam de novo o mundo do cinema e dão um passo em frente na criação de personagens digitais.
    É impossível não ficar maravilhado com as expressões faciais, movimentos, gestos e toda a postura de Ceaser, com um realismo impressionante e com um brilhante actor por detrás da câmara, que retrata de forma tocante, todo o rol de emoções por que esta criatura irá passar.
    Se a nível técnico o filme é irrepreensível, o mesmo não se pode dizer do resto… a começar pelos actores…
    James Franco, o “protagonista” não está mal na representação do cientista obcecado pela sua descoberta, mas falta-lhe uma maior componente dramática para nos sentirmos verdadeiramente investidos na sua personagem… o restante elenco também é o que seria de esperar, personagens tipo neste género de filmes, como a bela rapariga (Freida Pinto) que se junta ao protagonista num fugaz romance; o vizinho mal disposto e grosseiro que descobre que tem nas redondezas um chimpanzé; o chefe da empresa de investigação que só quer enriquecer e um ou dois mauzões de serviço, que se divertem a maltratar os símios mas que, como sempre acontece, acabam por ter o que merecem e pouco mais… o que não deixa de ser uma pena, dado o leque de actores envolvidos, que podiam ter interpretações bem melhores.
    Assim tempos um filme onde curiosamente, é mais interessante estar a ver as personagens digitais que as de carne e osso!
    A nível da história, ‘A Origem’ sofre do seu próprio mal… perde-se demasiado tempo a explorar os aspectos marginais da história principal, e quando lá mais para o fim, as coisas se tornam realmente interessantes, tudo se “esfumaça” demasiado depressa, ficando claro, a porta aberta para a certa sequela.
    Desilude também a dita “revolta” cujo objectivo final nos deixa a clara sensação de saber a pouco e dá-mos por nós a pensar, “então é só isto a revolução dos macacos”?!
    Mas enfim a referida introdução à saga, poderá ser a responsável pelo nível mediano em termos de história, a que o filme se mantém.
    Felizmente, as cenas com Ceaser, fazem o filme valer a pena e os pequenos momentos e detalhes em que este mostra as suas capacidades e inteligência, são deliciosos de ver, e quase se desejaria que o filme passasse mais tempo com os macacos, e menos com os humanos.
    Em conclusão, ‘Planeta dos Macacos: A Origem’ é o típico filme cuja lição moral a tirar é que quando se mexem com certos campos da ciência, é quase certo que as coisas vão correr mal.
    Não é mau de todo mas tinha condições para ser muito melhor…
    Esperemos que a sequela consiga ser superior.
    No entanto, se estão numa de ver um chimpanzé super-inteligente em acção e ficarem maravilhados com estas personagens digitais, atirem-se de cabeça que não se vão arrepender!
    Leva um 3.5, Bom/Aprovado!

    O melhor:
    - o super-hiper-mega inteligente chimpanzé Ceaser, sem dúvida o grande motivo de interesse do filme; os pequenos detalhes e emoções que Ceaser demonstra e o seu “plano” para a revolta final; as sequência de maior ação, bem executadas; os diálogos entre os chimpanzés.

    O pior:
    - a interpretação vazia e quase sem emoção de grande parte dos actores de “carne e osso” envolvidos; a narrativa, demasiado detalhada e expositiva com aspectos secundários da história principal; o desfecho da revolta, propriamente dito, aquém das expectativas.

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  3. Bom, antes de mais, ao contrario do nosso amigo Carteirista não tinha grande expectativa para ver este filme. Não, porque era um remake (ou dava a ilusão disso), e nunca sabe o mesmo que o original! Ora o objectivo deste filme, claro esta, é ser o inicio de uma serie de filmes... Era um "must", pois sem ele não poderíamos entender a história toda. E aqui começa o primeiro defeito do filme. Como pegar num filme de com uma história de 10 minutos, e passa lo a 1 hora e 30 minutos? É fácil... "Esticasse" ao máximo todos os pormenores! Como bem referiu Carteirista, a verdadeira "revolta" só aparece na ultima parte do filme, e acção então, só nos últimos 10 minutos! Sem duvida que no fim dizemos "só isto?" mas também dizemos, bom isto chega, para sabermos que mais disto, não! Uma história simples e fraca, com James Franco a não ter papel para fazer muito mais do que fez, com Lithgow a fazer uma excelente representação, mas sublinho especialmente quem mais me agradou, Tom Felton, longe de Harry Potter, a estar muito bem em papel de bad boy! Por fim, a única coisa que sinceramente atrai no filme é claro, é os efeitos especiais, seu grafismo, que como sempre, é o pão nosso de cada dia de filmes de hollywood que querem ter sucesso! Apostam demasiado no visual e pouco no produto. Conclui se então que tanto este como o de Burton estão a anos-luz do Primeiro "Planet of the Apes" protagonizado pelo grande Charlton Heston e, se não é fã de grandes efeitos especiais, poderá se aborrecer!

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  4. E claro, esqueci me de dizer, mas não podia acabar meu comentário sem referir isto: Acho sinceramente que a ideia tanto de Burton como a deste filme é de fazer um "Planet of the Apes" mais moderno, com tecnologia moderna, e com uma história com um cunhado próprio. O grande problema, e no meu caso é assim, é que quem vê o primeiro, e em especial em filmes que são simplesmente fantásticos, ver alguém novo a pegar no mesmo nome, na mesma ideia e tentar recriar, nunca sabe ao original. Acho sinceramente que a ideia foi essa, que quem viu originais e adorou, vai achar uma estupidez (como eu achei) mas que terá de os ver, como sendo o que são, ideias diferentes, até mesmo, filmes diferentes! E nesse sentido, tanto o do Burton como neste utilizam esse pensamento (lembro por exemplo do fim do Burton ser diferente do original, e neste a razão de os macacos se tornarem inteligentes é também diferente...) Mas o maior problema é que tanto neste filme como no do Burton, chegamos ao fim com uma sensação que não vimos tudo! Lembro me mesmo no do Burton, que os últimos 5 minutos são os melhores porque dão a entender que existe uma realidade estranha e excitante que queremos saber mais! O problema é que... acaba imediatamente a seguir! E neste passa se o mesmo. Como será a relação entre macacos e humanos inteligentes? Fica para a próxima... Sendo assim, peguem nas ideias, façam os filmes, utilizem os efeitos "à hollywood", mas não deixem o melhor para o próximo filme só porque querem que haja... um próximo filme!

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  5. concordo com praticamente tudo, menos dois aspectos... tem de se falar obrigatoriamente no Serkis, o macaco Caeser, porque sim senhor os efeitos especiais são todos trabalhados no computador, mas a "alma" do personagem é o actor e todas as suas emoções, olhares, expressões faciais, vêm todas do Serkis que pronto está "vestido" com pele de macaco, mas não é por acaso que nos sentimos muito mais maravilhados pela sua personagem que qualquer outro dos actores... e a destacar, só mesmo a personagem do John Lithgow, no papel de idoso doente porque de resto é para esquecer... e claro não concordo minimamente com o que dizes do Tom Felton!
    Fazer o papel de mau é porventura às vezes o mais fácil, ele aqui limita-se a ser grosseiro, maltratar os macacos e pouco mais... na saga Potter, está melhor sem dúvida como actor...
    De resto, concordo, um filme com muita parra a pouca uva... pode ser que a sequela se remedeie desta fraca estreia!

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  6. Meu amigo, tens direito a discordar e a ter tua opinião, mas mantenho tudo o que digo. Acho que o macaco é visualmente satisfatória graças ao grafismo, e qualquer iniciante de teatro tem de saber demonstrar com a face emoções, não acho isso nada de especial. Do Felton não quero aqui fazer comparações com Potter, nem acho que se pode, até porque nem tenho muito em mente esses filmes, mas aqui tem um papel mais "adulto" e na minha opinião esteve bastante bem! Acho até bastante complicado "retirar" de um actor a etiqueta da personagens que tem durante anos (Por exemplo Christopher Reeve será sempre conhecido como o SuperMan). Não acho que fazer de bom ou de mau seja um mais fácil que outro, mas acho que para determinado actor fazer de "mau" é lhe mais fácil ou vice-versa, e neste actor é o caso.

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