A nova e muito mais modesta versão do FBI vem chamando atenção pelos documentos relacionados a temas como OVNIs, incluindo o Caso Roswell e MJ-12, Mutilações Animais, Percepção Extra-Sensorial e muito mais. Há mesmo os arquivos do FBI de personalidades como Carl Sagan.
A página inicial do “The Vault” do FBI já deixa claro que todos os arquivos haviam sido liberados publicamente – ainda que nem todos tivessem sido disponibilizados eletronicamente. Ainda assim, supostos especialistas em áreas como OVNIs parecem surpresos com tais documentos. São ufólogos que parecem desconhecer a ufologia, e em especial, um memorando que se destaca e tem sido citado em relação ao Caso Roswell.
Consiste de apenas uma página, de autoria do agente especial Guy Hottel em 22 de março de 1950, endereçado ao diretor do FBI, então ninguém menos que J. Edgar Hoover. O que ele diz soa bombástico:
“Para: Diretor, FBIDiscos voadores acidentados? Pequenos corpos de homenzinhos em trajes metálicos? Novo México? Radares interferindo com mecanismos de controle dos discos? É natural que quem conheça a ufologia moderna lembre-se de Roswell. Ocorre que este memorando, apropriadamente, não está na pasta referente ao caso Roswell. Infelizmente não está identificada como deveria ao caso de que deriva: o Caso Aztec.
Data: 22 de março de 1950
De Guy Hottel, SAC, Washington
Assunto: Informação relativa a Discos Voadores
A informação seguinte foi fornecida ao agente especial XXXXX. Um investigador da Força Aérea declarou que três assim chamados discos voadores foram recuperado no Novo México. Eles foram descritos como sendo circulares em formato, com centros elevados, e aproximadamente 50 pés [15 metros] de diâmetro. Cada um era ocupado por três corpos de forma humana mas apenas 3 pés [1 metro] de altura, vestidos em uma roupa metálica de textura muito fina. Cada corpo estava enrolado de forma similar a trajes usados por [speed flyers] e pilotos de teste. De acordo com o informante Sr. XXXXX, os discos foram encontrados no Novo México devido ao fato de que o governo possui um sistema de radar muito potente naquela área e se acredita que o radar interfere no mecanismo de controle dos discos. Nenhuma avaliação adicional foi tentada pelo agente especial XXXXX relativa ao acima”.
Caso Aztec:
Mas na verdade, esse famoso memorando tem vindo a fazer rondas durante vários anos (nunca foi confidencial). O Vault é simplesmente um novo sistema implementado pelo FBI, na semana passada, para tornar mais fácil o acesso aos documentos.
O memorando descreve o que foi dito a um agente do FBI, Guy Hottel, que era o agente especial de campo destacado pelos escritórios de Washington. O memorando refere um investigador da força aérea que descreveu ter encontrado uma nave acidentada no Novo México, tendo também afirmado que nessas naves foram encontrados corpos de extraterrestres. Hottel apenas relata o que esse informante anónimo lhe disse, não o que foram as suas próprias conclusões. O informante afirma que a nave foi avariada por um "radar de alta potência" presente na área.
Não só não se trata de uma informação em primeira mão, e muito afastada do Novo México, como está conectada a uma farsa com 60 anos de idade que resultou numa condenação por fraude.
O memorando foi o fim de uma longa cadeia de contos de histórias. O memorando Hottel repete uma história do Wyandotte Echo, um jornal de Kansas City, no Kansas, em Janeiro de 1950, que foi repetida a Guy Hottel por um investigador da Força Aérea que supostamente a leu (e Hottel passou-a para um memorando. Essas práticas eram comuns nos dias que antecederam a digitalização de documentos e memorandos, tendo os memorandos de ser dactilografados). A história foi da autoria de Rudy Fick, um negociante de carros usados.
Fick ouviu a história de dois homens, I. J. Van Horn e Jack Murphy, que afirmaram tê-la obtido de um homem chamado "Coulter" - na verdade, tratava-se de um gerente de publicidade de uma estação de rádio, chamado George Koehler. Koehler soube da história através de Silas Newton.
O embuste começa com Newton e o seu cúmplice, Leo A. Gebauer. Newton e Gebauer vendiam "doodlebugs" - dispositivos que supostamente poderiam encontrar petróleo, gás, ouro ou qualquer outra coisa que o alvo do logro estivesse disposto a encontrar.
Numa entrevista de 2003 para um documentário chamado "The Other Side of Truth" ("O outro lado da verdade"), escrito e dirigido por Paul Kimball, o falecido ovniólogo Karl Pflock, descreveu a farsa original que levou até ao memorando de Hottel. Pflock observa que a diferença entre o logro de Newton e Gebauer e o de muitos outros que os precederam era de que eles afirmavam que os seus "doodlebugs" eram melhores porque eram baseados em tecnologia extraterrestre.
Os dois homens contaram a Frank Scully, um colunista da revista Variety, a história sobre a queda do OVNI. Não houve mais nenhumas testemunhas (reportagens de jornais locais não mostram nada em relativo às datas relevantes). Scully alegou no seu livro que Newton e Gebauer teriam dito que os militares tinham levado a nave para investigações secretas.
Entretanto, a história da tecnologia extraterrestre despertou o interesse de JP Cahn do San Francisco Chronicle. Cahn conseguiu convencer Newton e Gebauer a fornecer-lhe uma amostra do metal "extraterrestre", que acabou por revelar ser alumínio.
O conto de Cahn acerca da farsa da nave extraterrestre - e dos dois vigaristas - apareceu na revista True em 1952. O resultado foi que várias pessoas que tinham sido enganadas por Newton e Gebauer apareceram para dar a cara. Uma das suas vítimas foi Herman Glader, um milionário de Denver, que tinha os meios para processá-los. Newton e Gebauer foram condenados por fraude no ano seguinte.
A farsa de Aztec surgiu novamente em 1986, quando William Steinman e Wendelle Stevens publicaram um livro chamado "Queda de um OVNI em Aztec". Em 1998, Linda Mouton Howe, uma produtora de documentários, afirmou ter documentos do governo que revelavam que uma nave extraterrestre teria aterrado em Roswell, Novo México, em 1947. A prova era o memorando de Hottel.
Este caso é sem duvida especial por vários motivos... Primeiro, este acontecimento foi antes de Roswell. E o que aconteceu? Dois tipos para vender sua sucata, resolveram inventar que uns discos voadores caíram, os americas apanharam os destroços e depois de estudarem o material e tal, fizeram eles proprios umas cenas iguais as dos ETs, e... não é que os dois tipos vendem esse material? Lol. essa noticia foi desacreditada, mas a verdade é que uma novidade como esta fica sempre na nossa cabeça (muitas vezes até justificamos, com conspirações em que o governo nos quer encobrir tudo e mais não sei que) e a partir dai, (e graças a Oswell e seu Guerra dos Mundos e uma ajudinha também do cinema...) temos Roswell, Ovnis e dai para a frente temos uma grande conspiração global! É de nos deixar a pensar...
ResponderEliminarlol um boato que seja mentira, se for bem elaborado e fabricado, acontecendo como aqui, a passar de boca em boca, ás tantas acaba por se tornar verdade...
ResponderEliminarBem para já esta história é deveras confusa dado a quantidade de tipos envolvido, e o sujeito A que contou a B, que contou a C que depois contou a D lol que confusão!
Mais do que o conteúdo em si, acho importante o disponibilizarem estes documentos ultra-secretos e colocá-los na net, à disposição de todos! Quem é que não gosta de cuscar uns segreditos de Estado?!