Isto é para o pessoal das Redes Sociais...
Ter amigos só traz benefícios. Quanto mais, melhor. Mas há um limite. Um estudo feito na Universidade de Oxford comparou o tamanho do cérebro humano, mais precisamente do neocórtex (área responsável pelo pensamento consciente), com o de outros primatas. Ele cruzou essas informações com dados sobre a organização social de cada uma das espécies ao longo do tempo. E chegou a uma conclusão reveladora: 150 é o máximo de amigos que uma pessoa consegue ter ao mesmo tempo.
Para que você mantenha uma amizade com alguém, precisa memorizar informações sobre aquela pessoa (desde o nome até detalhes da personalidade dela), que serão acionadas quando vocês interagirem. Por algum motivo, o cérebro não comporta dados sobre mais de 150 pessoas. Os relacionamentos que extrapolam esse número são inevitavelmente mais casuais. Não são amizade. Outros pesquisadores foram além e constataram que, dentro desse grupo de 150, há uma série de círculos concêntricos de amizade: 5, 15, 50 e 150 pessoas, cada um com características diferentes (veja no infográfico).
O curioso é que esses círculos já haviam sido mencionados por filósofos como Confúcio, Platão e Aristóteles – e também estão presentes em várias formas de organização humana. Na Antiguidade clássica, 5 já era considerado o número máximo de amigos íntimos que alguém poderia ter. Tirando o futebol, 12 a 15 pessoas é a quantidade de jogadores na maioria dos esportes coletivos. Cinquenta é o número médio de pessoas nos acampamentos de caça em comunidades primitivas (como os aborígenes da Austrália, por exemplo). Cento e cinquenta é o tamanho médio dos grupos do período neolítico, dos clãs da sociedade pré-industrial, das menores cidades inglesas no século 11 e, até hoje, de comunidades camponesas tradicionais como os amish (que dividem uma comunidade em duas quando ela ultrapassa as 150 pessoas). Os 150 podem, inclusive, ser a chave do sucesso profissional. Como no caso da Gore-Tex, uma empresa têxtil americana que se divide (e abre uma nova sucursal) cada vez que seu número de funcionários passa de 150 pessoas. A vantagem disso é que todos os empregados se conhecem, têm relações amistosas e cooperam melhor. “As coisas ficavam confusas quando havia mais de 150 pessoas”, explicou o fundador da empresa, William Gore, numa entrevista concedida alguns anos antes de morrer, em 1986. E a aposta nesse modelo de organização deu certo. A Gore-Tex virou uma multinacional com US$ 2,5 bilhões de faturamento anual – e é apontada pela revista Fortune como um dos 100 melhores lugares para trabalhar desde que esse ranking começou a ser compilado, em 1984.
Mas, mesmo com tantos exemplos práticos, ninguém sabe explicar por que nosso limite de amizades é de 150 pessoas. Para os cientistas, foi como o cérebro conseguiu construir e administrar o que viria a se tornar, ao longo do tempo, o bem mais importante da espécie humana: a rede social.
CÍRCULO FINITO
O cérebro comporta no máximo 150 amigos, divididos em grupos.
Do peito
5 amigos – São os íntimos, com quem você mais fala – e não hesitaria em ligar de madrugada ou pedir dinheiro emprestado. Para Aristóteles, 5 era o número máximo de amigos verdadeiros.
Grupo de empatia
15 amigos – São pessoas bastante importantes para você – se alguma delas morresse amanhã, você ficaria muito triste. Este grupo pode incluir gente do trabalho ou amigos de amigos.
Número típico
50 amigos – É o número de amizades mantidas pela maioria das pessoas, e também o tamanho médio dos agrupamentos humanos primitivos (como bandos de caça).
Limite
150 amigos – Máximo que o cérebro consegue administrar ao mesmo tempo. São as pessoas cujos nomes, rostos e características você consegue memorizar e acionar caso seja necessário.
bem já tinha lido algo do género algures e não podia estar mais de acordo... mas alguém acredita que certo pessoal que tem 200/300/500 e 1000, e até mais "amigos" nas redes sociais vulgo Facebook, Hi5 e outras tem realmente amigos verdadeiros? às tantas o que há são competições do género "ah eu tenho mais 300 amigos que tu, toma lá" eh eh... claro que no meio disto, há outra coisa diferente que é os fãs... há perfis de certas empresas, e produtos, tipo filmes, séries, videojogos que usam as redes sociais como estratégia de marketing etc... basta ver grandes marcas mundiais e até Portuguesas que têm perfis online com milhares de fãs... agora um utilizador comum com centenas de "amigos" é claramente exagerado... e mesmo o tal numéro de 150 já será extremamente exagerado... um texto curioso e para nos fazer reflectir nos verdadeiros "amigos"!
ResponderEliminarBom, eu sou realmente muito esquecido, mas acho que é normal então, algumas vezes vermos uma cara que não nos é estranha, mas por algum motivo não sabemos quem seja... Digamos que os 150 "amigos", não são mais que as pessoas que conseguimos "guardar" no nosso cérebro e será essa a razão para então, nem sempre nos lembrarmos nos do nome e de onde nos lembramos daquela pessoa... E realmente "amigos", estar entre 5 a 15 pessoas, isso sim, parece me bem!
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