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terça-feira, 6 de março de 2012

Filme da Semana: ´The Women in Black - A Mulher de Negro' (análise)





Ficha Técnica:
Elenco / Créditos

Com: Daniel Radcliffe, Ciarán Hinds, Roger Allam e Janet McTeer
Realizado por: James Watkins
Argumento: Jane Goldman
Produção: Vários
Género: Drama / Horror / Thriller
Data Estreia: 08 Março de 2011
Distribuidores: Hammer Film Productions / Alliance Films

3 comentários:

  1. Ex-Harry Potter vs. Fantasma assustador… quem vencerá?

    Depois de ter interpretado durante 10 longos anos o mais famoso feiticeiro de sempre, Daniel Radcliffe despede-se de Hogwarts e do seu Harry Potter para abraçar outros projectos…
    Mas a julgar pela amostra de ‘The Women In Black – A Mulher de Negro’ pode-se quase dizer que ainda não é desta que Radcliffe se livra do rótulo de feiticeiro…
    A história baseada no famoso conto escrito por Susan Hill revelou-se um enorme sucesso no teatro e daí à adaptação ao cinema foi um passo!
    Em ‘A Mulher de Negro’ acompanhamos Arthur Kipps (Radcliffe) um recém-formado advogado a tentar subir na vida e suceder na firma onde trabalha.
    A oportunidade surge quando Arthur é destacado para uma remota vila Inglesa com vista a resolver o caso da falecida viúva Alice Drablow, dona da arrepiante Mansão de Eel Marsh entretanto colocada à venda.
    Infelizmente as coisas não vão bem na vida de Arthur que sofreu na pele uma terrível perda (algo revelado logo nos momentos iniciais do filme) e tendo um filho menor para criar, Arthur não tem outra opção senão aceitar o que lhe é proposto.
    Rapidamente percebemos que a tarefa do jovem advogado não vai ser fácil… a sua chegada à remota vila é tudo menos acolhedora e os olhares suspeitos escalam depressa para ameaças por parte dos habitantes locais que não querem a presença do jovem ali tratando-o com desdém.
    Arthur contudo está empenhado na sua tarefa e lá consegue chegr à velha mansão onde grande parte do filme se desenrola.
    Revelar muito mais seria estragar algumas surpresas mas não é difícil saber que a má recepção dos habitantes da vila para com Arthur e a sua presença na maldita casa estão relacionados e todos os medos, superstições e terríveis desastres que ali se deram estão claro ligados à antiga proprietária Alice Drablow e aos eventos anos antes!
    Seguem-se muitas cenas arrepiantes e de puro suspense à medida que Arthur explora as sombrias e sujas divisões da mansão começando ele próprio a ter visões e a descobrir os segredos que ditaram o destino dos seus moradores.
    Como se percebe, ‘A Mulher de Negro’ serve-se de conceitos já largamente explorados nos filmes do género e todos os elementos estão lá: a cidade isolada; os habitantes esquisitos; as estranhas ocorrências e claro, a Mansão assombrada!
    O jovem Radcliffe esforça-se por ser convincente mas fica a impressão de que este papel exigia alguém mais experiente… e claro a sua participação na saga Harry Potter é ainda muito recente!
    Mas em termos dramáticos o atormentado Arthur Kipps carecia de outra actuação, mais madura e que transmitisse convenientemente toda a emoção de um homem com tanto sofrimento na vida!
    Na própria Mansão, Radcliffe limita-se a explorar todos os cantos da casa e barulhos e a olhar para a câmera com uma expressão deveras “artificial” e quase vazia de emoções!
    Dá a sensação de ser ainda um jovem adolescente a querer representar o papel de um adulto!
    O resto do elenco também não é notável, à excepção talvez de Daily (Ciarán Hinds) com quem Kipps tem mais cenas, mas todas as interpretações são bastante superficiais!

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  2. Felizmente toda a parte técnica está sublime e em última análise acaba por ser isso a salvação do filme.
    O aspecto visual é irrepreensível bem como toda a atmosfera em redor deveras arrepiante.
    Os tons cinzentos e pretos imperam aqui, sendo retratado na perfeição todo o clima chuvoso e húmido de Londres dando origem a cenários verdadeiramente magníficos.
    Na casa tudo está também assustador que baste.
    Temos pó, teias de aranha, lixo por todo o lado, madeira antiga, barulhos estranhos, todo um ambiente ideal para cenas bem macabras onde o sentimento de morte impera no ar e tudo genuinamente recriado, sem grandes efeitos especiais a estragar as cenas como tantas vezes acontece!
    James Watkins (realizador do fantástico Eden Lake em 2009) consegue criar cenas de puro suspense e tensão mas que infelizmente se limitam a um punhado de cenas.
    A ajudar tudo isto está também uma banda sonora tenebrosa que ajuda a criar todo o ambiente assustador que se pretende.
    Contudo o resultado final infelizmente é algo desapontante…
    Já vimos histórias do género e esta não é excepção e os mais habituados a este tipo de filmes facilmente conseguirão deslindar os contornos duma narração demasiado previsível e sem aquele elemento surpresa!
    Outro facto é que apesar de toda a atmosfera arrepiante a verdade é que o terror não é assim tanto e esta história de fantasmas não consegue atingir os níveis de puro medo que outras conseguem!
    Se tudo isto podia ser salvo com um final digno, infelizmente isso também não acontece!
    De facto o desfecho é muito desapontante e até a resolução do mistério da assombração fica muito aquém do desejado, deixando-nos a pensar “só isto?”! Uma pena!
    Por tudo isto, apesar dos esforços, ‘A Mulher de Negro’ não é dos filmes que nos vá deixar com arrepios na espinha e pesadelos durante a noite…
    Mas se gostam do género não deixem de dar uma oportunidade…
    Os outros se não virem, saibam que não perdem nada por aí além, a menos que sejam grandes fãs de Radcliffe e tenham curiosidade em vê-lo fora do ambiente de Harry Potter.
    Leva um 3.0 Suficiente/Razoável.

    O melhor:
    - Todo o aspecto técnico, desde os cenários, à realização e efeitos sonoros; a fantástica atmosfera recreada quer na Mansão quer no exterior; algumas cenas bem conseguidas de maior suspense;

    O pior:
    - A história demasiado previsível e com todos os elementos e clichés dos filmes do género; a fraca actuação de Radcliffe que não está à altura do que a sua personagem exige; o terror (ou melhor a falta dele) muito leve; o final que desilude e não tem a “força” que seria de esperar!

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  3. Bom, ainda não vi o filme mas estou com expectativa! No entanto não posso deixar de comentar o seguinte: É natural que depois de prai 100 anos de cinema, pouco à a "inventar", em especial quando se tem um objectivo mas não uma história. Neste caso, é normal a casa assombrada, a vila isolada, etc... Porque esses são os condimentos de um filme de terror. Agora, o importante é, pegar na matéria prima e fazer dela algo de novo, composto por uma história conseguida! E nisso, pelo que entendi, não foi conseguido. Enfim, estraga um pouco a minha vontade de o ver, ainda que mantenha pelo menos a curiosidade de ver o Potter a fazer outra coisa (ainda que também ai, parece que não convenceu...).

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