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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Filme da Semana: 'Prometheus' (análise)


























Ficha Técnica:
Elenco / Créditos

Com: Michael Fassbender (X-Men: First Class; Shame; A Dangerous Method), Noomi Rapace (Trilogia Millennium; Sherlock Holmes 2), Guy Pearce, e Charlize Theron
Realizado por: Ridley Scott (Gladiador; Robin Hood)
Argumento: Jon Spaihts / Damon Lindelof (Lost)
Produção: Damon Lindelof / Ridley Scott
Género: Acção / Ficção / Terror
Data Estreia: 07 Junho de 2012
Distribuidores:
20th Century Fox

5 comentários:

  1. ‘Prometheus’ prometia muito… será que cumpriu?

    Praticamente 30 anos depois daquele que ainda hoje é considerado um dos melhores filmes de ficção científica de sempre – ‘Alien: O 8º Passageiro’ – e nos apresentou a mítica criatura que deu luta à Tenente Ripley (Sigourney Weaver) e causou autênticos pesadelos a quem o viu na altura (e ainda hoje), Ridley Scott num misto de risco e ousadia, decide voltar à saga, desta vez para explorar as origens dos terríveis seres.
    Voltar, tanto tempo depois, a uma saga deste género é quase uma faca de dois gumes pois nenhuma das continuações de ‘Alien’ conseguiu superar o original e dificilmente uma prequela, como é o caso deste ‘Prometheus’ o conseguiria também… por outro lado não deixa de ser verdade que muita coisa ficou por dizer no filme original pela qual este filme é quase um sonho tornado realidade.
    A grande questão que se pode colocar é: será que ‘Prometheus’ consegue dar as respostas que os fãs tanto queriam? Fazendo um comentário geral sobre o filme, temos de dizer que não…
    Aliás infelizmente, no fim de contas, parece que as dúvidas são ainda mais, mas vamos por partes.
    Falando em traços muito gerais, ‘Prometheus’ conta a história de um grupo de exploradores, liderado por Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) e Charlie (Logan Marshall-Green) que ao longo dos anos têm vindo a descobrir estranhas inscrições em várias partes do planeta e que parecem apontar para uma civilização anterior à nossa.
    Dotada de fortes crenças religiosas Elizabeth interpreta (ingenuamente) estas inscrições como um convite de seres extraterrestres para nós, humanos, irmos ao seu encontro.
    Anos mais tarde uma expedição é montada e a nave Prometheus parte em direcção ao espaço e ao planeta onde se julga estarem os ‘Engenheiros’, como Elizabeth carinhosamente lhes chama.
    É a bordo da nave que ficámos a conhecer o resto do elenco, com destaque para Meredith Vickers (Charlize Theron) a fria e autoritária chefe de tripulação, que logo de início dá a entender saber mais que aquilo que diz e David (Michael Fassbender) um robot assistente de viagem que também tem algumas surpresas para revelar…
    Sem entrar em detalhes, escusado será dizer que as coisas não correm como o previsto e o que seria uma tranquila exploração arqueológica pela descoberta da Humanidade, transforma-se numa verdadeira luta pela sobrevivência à medida que os nossos exploradores percebem que os seres que pretendiam encontrar não são o que esperavam.
    Revelar muito mais seria certamente estragar a experiência pelo que será melhor ficar por aqui. Mas pode-se adiantar que quem for para ‘Prometheus’ a pensar ver um festival de carnificina com aliens à solta ficará seriamente desiludido.
    De facto, ‘Prometheus’ nem sequer é muito sobre aliens mas antes uma espécie de tentativa de explorar as nossas origens e de onde viemos. Para isto muito contribui o argumento escrito por Jon Spaihts e Damon Lindelof a mente engenhosa por detrás de ‘Perdidos’ e onde estavam também presentes dois aspectos centrais da mítica série, que agora vimos no filme: fé e religião. Embora presentes aqui em Prometheus, infelizmente, estes dois temas nunca são explorados da melhor forma e apesar de serem levantadas questões pertinentes, a verdade é que a certa altura o filme falha em suportar tão grandiosas dúvidas, deixando-as de parte.
    Damon Lindelof tem uma espectacular capacidade em perguntar as questões certas, mas falha depois na sua concretização, deixando-nos, como em ‘Perdidos’, ainda com mais dúvidas.

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  2. Em termos de elenco, as personagens secundárias têm claramente menor relevo e é o trio de actores (Noomi, Charlize e Michael) que conseguem dar vida a todo este ambiente.
    Noomi Rapace tem tido mais destaque depois da sua participação na trilogia sueca ‘Millennium’ e a julgar pela amostra, está no bom caminho. A sua transição de cientista religiosa a lutadora sobrevivente (a fazer lembrar a Ripley no filme original) é notável e quase triste, depois de as suas mais sinceras crenças nos “engenheiros” terem sido despedaçadas. Charlize Theron tem também um bom papel, se bem que a sua personagem não tenha muito para fazer, o que é uma pena, apesar de ser muito bom vê-la a fazer o papel de durona, mas quando as coisas começam a correr mal, é a primeira a ceder.
    O grande destaque vai sem dúvida para Fassbender e o seu androide David.
    A sua interpretação é notável a todos os níveis e as tentativas de se “misturar” com os humanos são muito bem conseguidas, ao mesmo tempo que a falta de sensibilidade e emoções com que actua em alguns dos momentos trágicos do filme consegue trazer à sua personagem uma dimensão bem sombria e terrífica.
    A par dos actores, temos todo ambiente do filme. Ridley Scott está em solo firme e a sua capacidade para criar um filme de ficção desta magnitude é arrepiante!
    Toda a parte visual está absolutamente irrepreensível e é autêntico mel para os olhos, desde os interiores da nave, a toda a parte tecnológica, aos fantásticos cenários exteriores (e interiores) onde a acção de passa. Toda a experiência é ainda mais elevada por uma banda sonora poderosa e envolvente e uma tecnologia 3D imersiva e realista, e sobretudo pensada em como e onde ser usada!
    O resultado está à vista e quase nos sentimos ali, na companhia dos actores neste planeta inóspito no meio do espaço e ‘Prometheus’ é um dos filmes mais “bonitos” deste ano!
    Apesar de tudo, o filme falha em recriar aquele ambiente escuro e húmido, quase claustrofóbico de Alien original e da nave Nostromu e que nos causa ainda hoje autênticos terrores.
    A parte final é absolutamente épica e avassaladora mas depois de mais 2h de filme, o desfecho é inevitável.
    ‘Prometheus’ acaba por ser no fundo um fantástico filme de ficção científica e se calhar o melhor conselho é olharem para ele como isso mesmo, desligando-se o mais possível do filme original de 1979 e evitando comparações. Com todas as suas falhas, não deixa de ser um prazer assistir a ‘Prometheus’ que ainda assim, arrebata por completo outros filmes do género e só podemos esperar que Ridley Scott tenha criatividade e sobretudo respostas certas para dar, numa possível continuação, e aí sim teremos talvez a melhor saga de ficção científica do cinema.
    Leva um 4.0, Bom/Aprovado.

    O melhor: o elenco principal de actores; o riquíssimo ambiente visual e sonoro; a qualidade do 3D, usado da maneira certa; a riquíssima narrativa, que contudo, falha em satisfazer totalmente.

    O pior: o pobre elenco secundário; levanta mais dúvidas do que dá respostas; não satisfaz totalmente como prequela de Alien; não tem o ambiente arrepiante deste último; o ritmo da acção nem sempre é o melhor.

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  3. Ao contrario do nosso amigo Carteirista, nem sabia que este filme seria um sequela do "Alien". Posto isto, a minha opinião "a quente" do filme é que é um filme que realmente visualmente é muito bom, bom leque de actores, a ideia inicial esta fantástica, a procura da nossa criação noutro planeta pegando nalgumas teorias na qual seriam ETs que nos criaram (para melhor se informarem neste assunto, sugiro a serie Ancient Aliens), mas a partir de um certo tempo, o caminho para onde o filme vai prejudicou-o, e sinceramente desiludiu me bastante, com muitas questões que ficaram por responder. Sabendo agora que é uma sequela do Alien, sinceramente, muito fraco, não querendo estragar a história, mas se vamos ao cinema para ver Aliens e eles não aparecem, não pode ser um "Aliens"... Resumindo, vê se com algum interesse, estraga se a partir do meio, e portanto simplesmente mais um filme razoável.

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  4. mas ora ai está se calhar uma segunda visualização sem estar a pensar nas ligações com o Aliens torna o filme mais rico. Porque isto de certa forma remonta para a origem da espécie dos Aliens portanto não podiam ter resmas de bichos à solta.o problema se calhar é que o "antes" é demasiado extenso e quando no fim as coisas se aproximam do que estamos à espera, o filme acaba... ainda assim é um grande filme de ficção científica e acima de tudo credível e bem feito! estou certo que uma continuação irá satisfazer ainda mais!

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  5. Sim mas eu agora sei que é o antecessor do alien e continuo a não achar piada... Como ficção cientifica, fica algo a desejar, tem um bom começo e depois atrapalha se todo! Sinceramente, e eu sou apreciador de boa ficção, este por mim ta fraco, só se salva pelo efeitos especiais isso sim!

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