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domingo, 12 de agosto de 2012

Condenado por gozar nas redes sociais com morte de adolescentes

Um jovem britânico de 25 anos foi preso por usar as redes sociais para gozar com a morte de vários adolescentes. A última vítima foi uma adolescente que morreu atropelada por um comboio.

Sean Duffy usava as redes sociais para entrar nas páginas de homenagem a vários adolescentes, que haviam falecido, e deixar comentários onde gozava com a situação. Na página da vítima mais recente, Natasha MacBryde, de 15 anos, que sofreu morte imediata após ser atropelada por um comboio, Duffy escreveu: "Adormeci na linha". Quatro dias mais tarde, criou um vídeo para o Youtube onde utilizou uma fotografia da adolescente na frente de um comboio animado.

Duffy confessou ser o autor dos comentários relativos a Natasha e pediu que outros casos de mensagens ofensivas no Facebook fossem levados em consideração. O tribunal condenou-o a 18 semanas de prisão por causar provoar mais sofrimento a famílias e amigos em luto", como referiu o diário britânico "The Guardian". O arguido alegou que o caso servia para provar "o mal e o risco" que alguns usos das redes sociais podem provocar.

O tribunal condenou, ainda, Duffy com uma ordem de comportamento anti-social de cinco anos que o proíbe de aceder e criar qualquer conta em redes sociais, incluindo Facebook, Twitter, Youtube, Bebo e Myspace.

Segundo a advogada de acusação, Joanne Belsey, os ataques de Duffy começaram com a morte de Hayley Bates, de 16 anos, num acidente de automóvel, em Setembro de 2010. Duffy alterou fotografias da vítima, colocando cruzes nos olhos e suturas na testa. Numa das fotografias surgia a legenda: "Carro usado para venda, uma proprietária inútil".

Uma outra vítima, Lauren Drew, de 14 anos, morreu em casa na sequência de um ataque de epilepsia. Duffy colocou um vídeo no Youtube para o Dia da Mãe com a fotografia de um caixão e a mensagem: "Feliz Dia da Mãe".

Após Natasha MacBryde, o último alvo foi Jordan Cooper, de 14 anos, que morreu após ter sido esfaqueado. Neste caso, Duffy criou uma página intitulada "Jordan Cooper aos pedaços" e ilustrada com uma imagem de uma faca ensanguentada.

O tribunal recebeu informação de que o arguido sofria de síndrome de Asperger, conhecido por causar dificuldade de interacção social e falta de empatia. O advogado de defesa alegou que a condição de Duffy não lhe permitia ter a percepção das suas acções.

À saída do tribunal, Andrew MacBryde, pai de Natasha, classificou Duffy como "um indivíduo perturbado que causou uma dor extrema para própria satisfação". E acrescentou: "Deve ser um homem muito solitário".

2 comentários:

  1. bom mais um daqueles casos infelizes e onde se comprova que não podemos fazer o que nos dá na gana na internet e redes sociais e esperar ser intocáveis pelo facto de fazermos as coisas à distância! já não é a primeira polémica que se vê em torno destas questões e portanto este gajo com esta brincadeira estúpida só teve o que mereceu! brincar com o sofrimento dos outros não é coisa que se faça! aprende porco!

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  2. Sinceramente acho isto muito bem feito! Muita gente pensa que ta na net, pode fazer o que quer e dizer o que lhe apetecer, mas tudo tem seu limite! No futuro, provavelmente teremos mais casos de policia e talvez uma policia mais presente...

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