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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Filme da Semana: ´Real Steel - Puro Aço' (análise)




Ficha Técnica:
Elenco / Créditos

Com: Hugh Jackman, Dakota Goyo, Evangeline Lilly, Anthony Mackie, Kevin Durand e Karl Yune
Realizado por: Shawn Levy
Argumento: John Gatis / Dan Gilroy
Produção: Shawn Levy / Steven Spielber
Género: Acção / Drama / Ficção
Data Estreia: 03 Novembro de 2011
Distribuidores: Touchstone Pictures / DreamsWorks

3 comentários:

  1. Um verdadeiro knock-out de AÇO!

    De vez em quando, num ano de estreias “mornas” e de onde entre dezenas e dezenas de filmes só um punhado se aproveita, há aqueles raros casos em que, assim do nada, surge uma agradável surpresa e o que poderia ser “mais um” acaba por se revelar num dos melhores filmes do ano, indo assim directo ao assunto!
    E, surpresa das surpresas, ‘Real Steel – Puro Aço’ é um desses casos que o tornam quase imediatamente um dos filmes obrigatórios de ver, antes que saia dos cinemas!
    Misturando vários elementos (drama, comédia, boxe e claro gigantescos robots) a receita funciona na perfeição e o resultado só podia ser brilhante!
    Num género já algo gasto e com o ainda recente ‘The Fighter’, este corria o risco de ser um filme de boxe com robots à mistura, no entanto, não o é!
    A história gira em torno de Charlie Kenton (Hugh Jackman) um homem que tinha tudo para ser um campeão, mas que agora leva a vida a ganhar uns trocos e a saldar dívidas cada vez mais avultadas. E como? Com robots claro! Num futuro próximo onde o boxe “humano” caiu fora de moda, gigantes robots, controlados remotamente, substituíram os humanos na arena…
    São mais velozes, mais fortes, não se cansam e podem lutar até à morte, leia-se destruição, do adversário… e lucram milhares… muitos milhares. A competição no entanto não é só na arena, já que cá fora há um verdadeiro mercado paralelo e muito dinheiro é gasto tendo em vista construir o derradeiro robot, dotado do melhor equipamento, garantido vitórias e apostas ganhas! Infelizmente um bom robot não fica barato e Charlie está longe de ter um robot digno desse nome, perdendo combates atrás de combates!
    Para piorar as coisas o inesperado acontece quando entra na vida de Charlie o filho que este abandonara ainda bebé, o pequeno Max (Dakota Goyo).
    Envolto num “negócio” pela custódia do filho, Charlie vê-se a braços com mais um problema e estes dois verdadeiros estranhos vão ter de se aguentar um ao outro… até que percebem que têm algo em comum: a paixão pelo boxe e todo o mundo dos robots!
    O pequeno Max rapidamente se integra neste mundo e contra a vontade do pai, acaba por se tornar na tábua de salvação de Charlie, que após estar prestes a perder tudo é salvo por um herói improvável: um velho robot de treino, Atom, que a início parece apenas um velho “saco de boxe” mas na verdade está ali um verdadeiro campeão que nunca desiste à espera da sua oportunidade muito tal e qual como Charlie, na vida real. Contar mais do filme será estragar algumas surpresas que estão reservadas diga-mos apenas que Atom tem mais para mostrar do que à primeira vista parece e será um elemento fulcral na relação e reconciliação entre Charlie e o seu filho.
    Vindo de um realizador algo improvável no género, Shawn Levy que até agora tinha somente trabalhado nas comédias ‘À Noite No Museu’, ‘Puro Aço’ revela-se eficaz a todos os níveis, quer no ringue com os magníficos combates, quer fora deles.
    O que poderia ter sido uma tentativa gorada de criar uma espécie de ‘Rocky’ com robots à mistura (o que até é verdade) é realmente muito mais do que isso e temos um filme fortíssimo a nível emocional com personagens reais de carne e osso a quem muito rapidamente nos ligámos e aprendemos a gostar e a quem genuinamente nos afeiçoámos; como cereja no topo do bolo, temos claro os gigantes robots e os combates onde também aqui o filme marca pontos.

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  2. Numa comparação quase inevitável com ‘Transformers’, muito criticado pela demasiada “humanização” conferida aos gigantes, aqui esse facto é muito melhor aproveitado e aqui temos uma parte da história onde ficámos deliciados com a química entre Atom e o pequeno Max, abrilhantado por uma cena de dança que é certamente um dos pontos altos do filme, que garantem o sempre bem vindo “alívio cómico” e que funciona na perfeição!
    E que é feito de um bom filme se não tiver bons actores? Nada a dizer neste departamento, Hugh Jackman e Dakota Goyo estão absolutamente fantásticos nos seus papéis e fortemente investidos na sua relação! E atenção a este miúdo! O seu à vontade em frente à câmara é notável e cena após cena espanta-nos com a sua actuação! A sua personagem é simplesmente um miúdo porreiro sem aquelas atitudes infantis e tão irritantes em certos filmes com miúdos que os arruínam completamente! Uma verdadeira estrela em ponto pequeno!
    A juntar ao elenco temos Bailey (Evangeline Lilly) – a famosa Kate de ‘Perdidos’ aqui como mecânica de robots que serve também como apoio a Charlie. O seu papel é algo diminuto mas nada de mal apontar, é pena que não tenha tido mais algumas cenas só isso!
    Passando para os aspectos técnicos o resultado é brilhante!
    As lutas estão ferozes, emotivas e realistas, ou não tivessem sido utilizados estrelas do topo do boxe, usando a famosa técnica de motion capture para recriar os seus combates! Resultado:conseguimos sentir cada golpe desferido
    Por outro lado quase apetece apontar a crítica de que um filme com metade do orçamento de ‘Transformers’ consegue ter robots tão realistas quanto estes o que não deixa de ser espantoso! Não se caiu também na ratoeira de tornar os robots demasiado humanos, não falam, são controlados remotamente, não têm vida própria (apesar de uma dica aqui e ali referente Atom). São meras máquinas de dar porrada, em tamanho gigante, mas ainda assim, de quem aprendemos a gostar!
    E diga-se alguns dos robots estão com um aspecto fantástico!
    Em suma por tudo isto e muito mais ‘Puro Aço’ funciona, e funciona bem!
    É uma história emotiva, de coragem e da reconciliação entre o pai e o seu filho que têm no boxe com robots a sua paixão e cujo final nos deixa empolgados de tanta excitação!!
    O resultado? Está aqui um dos melhores filmes do ano e que os amantes do género (e não só) devem ir ver a correr! Leva um 4.5, Excelente/Perfeito!

    O melhor:
    - A história, as personagens, em especial a relação entre Charlie e Max; a prestação fantástica do pequeno Dakota Goyo; a banda-sonora, e claro os fantásticos gigantes de metal e os seus combates no ringue; o final, brilhante e emotivo!

    O pior:
    - Certos aspectos da parte dramática que fogem um pouco mais que o suposto para o “lamechas”; algumas das personagens secundárias em especial Bailey, que podiam ter sido melhor aproveitadas

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  3. Bom, realmente parece bom... ainda assim tenho algum receio que se torne demasiado focado em lutas entre robôs e que a história não saia disso!

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