Número total de visualizações de páginas

domingo, 31 de outubro de 2010

Filme da Semana: "Paranormal Activity 2" - (Actividade Paranormal 2) (análise)

6 comentários:

  1. Será esta sequela digna de nota?

    Será esta sequela digna de nota?

    Paranormal Activity 2 é a sequela duma das boas surpresas do ano passado no que diz respeito a filmes de terror, "Actividade Paranormal", filme que estreou também por esta altura do ano, e que se revelou uma boa surpresa... Com um orçamento baixíssimo, filmado em poucas semanas e com uma história relativamente simples, o filme rapidamente se tornou num êxito de bilheteira um pouco por todo mundo. A história girava em torno de Katie e Micah, um casal que começou a experienciar na sua casa estranhos eventos, e decidem registar tudo através duma câmara, para tentarem perceber o que estava acontecer. São através destas filmagens que seguimos este casal e à noite, o aparente demónio que os assola, anda a fazer das suas e nós acompanhámos tudo pelas imagens captadas. Esta forma de cenas captadas "no real", funcionou muito bem, e à medida que os estranhos eventos se tornam cada vez mais inquietantes, tornaram o filme numa experiência verdadeiramente assustadora
    Pouco depois do êxito verificado, foi anunciada esta sequela, que, apesar dos seus momentos, não consegue superar o seu antecessor.
    Esta parte 2, assume-se como uma prequela, e relata-nos os acontecimentos anteriores à narrativa do primeiro filme, desta vez, através da irmã de Katie (a vítima do primeiro filme), Kristie, e a sua família, o marido- Dan - a sua filha mais velha Ali, e o mais recente membro da, o pequeno bebé Hunter. O filme começa aliás com as imagens do recém-nascido a receber as boas-vindas ao seu novo lar, parte que serve como introdução e apresentação aos restantes membros da família. Após uns minutos, a rotina desta família aparentemente normal, muda drasticamente quando a sua casa é virada do avesso dum dia para o outro, no que de inicio, parecia um vulgar assalto, mas em que nada parece ter sido roubado... Está lançado o mote para o avanço do filme, pois a família contrata uma equipa para instalar câmaras de vigilância em vários locais da casa, para a sua segurança. É através destas câmaras - 5 no total -, que vemos o que se passa e onde são captadas as estranhas ocorrências que se seguem...
    O filme segue de perto as pisadas do seu antecessor mas a verdade é que durante grande parte da primeira metade do filme, muito pouco acontece e é quando os primeiros sinais de que esta sequela poderá ser inferior ao original se começam a revelar. O filme demora muito tempo a entrar no terreno verdadeiramente interessante (o paranormal), e somos forçados a acompanhar várias rotinas diárias da família, que pouco interesse têm.
    O filme segue de perto as pisadas do seu antecessor mas a verdade é que durante grande parte da primeira metade do filme, muito pouco acontece e é quando os primeiros sinais de que esta sequela poderá ser inferior ao original se começam a revelar. O filme demora muito tempo a entrar no terreno verdadeiramente interessante (o paranormal), e somos forçados a acompanhar várias rotinas diárias da família, que pouco interesse têm. À noite, quando as coisas começam a surgir, também muito pouco de interessante se passa, e sinceramente há locais onde as câmaras foram colocadas que fazem muito pouco sentido, porque durante todo o filme, pouco ou nada de relevante lá acontece. Dá impressão que os produtores do filme quiseram distribuir os eventos paranormais por toda a casa, o que até seria interessante, se mais coisas acontecessem! Na verdade o centro das atenções são em apenas 2 locais... pelo trailer do filme, não será difícil saber quais.

    ResponderEliminar
  2. Contudo, quando realmente o filme começa a ficar mais interessante, a espera é de certa forma recompensada, à medida que a tensão vai subindo, e nos vemos tomados por um nervoso miudinho de "será que é agora que vai acontecer algo estranho"? Nesse sentido o filme funciona, e quando começa o ciclo de imagens das câmaras, sempre no mesmo sentido, dá-mos por nós com todos os sentidos alerta a olhar para os quatro cantos do ecrã a ver quando algo acontece, por muito pequeno que seja. O som é aqui a arma principal e nesse departamento o filme funciona muito bem, com o estranho burburinho presente do primeiro filme a fazer-se notar, e indicador de que algo mau está prestes acontecer... e quando acontece, faz-nos dar alguns solavancos na cadeira ao ouvir uma porta a ranger, ou a bater violentamente, passos pesados a subir a escada, ou certos ruídos com o propósito de nos assustar e fazer sentir pouco à vontade. Na verdade o filme brinca com a nossa imaginação e é mais eficaz, tal qual como no primeiro filme, com o que não mostra, do que com o que mostra, em certos casos. A ideia que nos assola quando ouvimos certos ruídos de pensar o que raio será aquilo, é o que nos causa verdadeiramente medo, e o filme de certa forma brinca com esses medos básicos que todos sentimos de certa forma.
    No entanto, há certos aspectos da “história” que parecem demasiado forçados, e colocados no filme de forma muito conveniente, como a casa ficar mais do que em uma ocasião, com apenas uma pessoa – e logo a pessoa dita afectada pelo que se passa. Não seria de esperar que se algo de mal se passa com alguém, deixá-la sozinha em casa poderá não ser boa ideia? Não nos é difícil perceber que quando isso acontece, é tudo menos bom sinal…
    Quanto aos actores, todos desempenham o seu papel e fazem-nos acreditar que estamos perante uma família normal e credível, apesar de haver certas personagens que pouco ou nada contribuem com o filme.
    Outro aspecto menos bem conseguido, é a explicação algo superficial que nos é dada, para o que está acontecer, algo que foi se calhar mais bem explicado no primeiro filme, pelo menos de forma mais realista.
    Mas quando as coisas realmente começam a subir em termos emocionais, e numa cena em particular, o filme consegue ser realmente eficaz, deixando-nos bastante desconfortáveis com o que estamos assistir… pena é que quando as coisas começam aquecer, já mais de metade do filme foi passado, com coisas sem grande interesse e até aborrecidas, e antes de podermos dizer - já acabou? – os créditos aparecem na tela. De facto o final do filme pode agradar a alguns, mas é uma completa desilusão e de forma algo forçada e abrupta. Outra coisa que não se entende, é que na versão que assistimos, há cenas do trailer que não aparecem no filme em si… inexplicavelmente!
    Posto isto, Paranormal Activity é um bom filme dentro do género, tem os seus momentos assustadores, consegue-nos deixar inquietos, mas na minha opinião, não consegue superar o original em inúmeros aspectos, e o desfecho algo apressado, em nada contribui para que esta estadia pela família seja de recordar… a menos que este final não seja o único, e quando sair o DVD do filme, sejamos brindados com um melhor desfecho…
    Os verdadeiros fãs do primeiro, poderão adorar, para quem esperava algo mais, poderá ver as suas expectativas goradas.
    Leva um 2.5 em 5 possíveis.
    O melhor:
    - os efeitos sonoros, que invadem os nossos sentidos e põe a nossa imaginação a funcionar; algumas cenas que se revelam eficazes e inquietantes; os actores em si, que desempenham um bom papel.
    O pior:
    - a longa exposição pela rotina familiar dos intervenientes, em excesso; a explicação rasca para explicar o que se passa; algumas personagens desnecessárias; a “conveniência” de algumas situações; o final abrupto e repentino, que nos deixa com um sentido de “à espera de mais”.

    ResponderEliminar
  3. Bom, é um filme que quero ver e que vou aguardar por ele em DVD... Acho que poucos filmes superam os originais, e alguns deles apenas por ao querer ser diferentes, fogem do que o original tem que o fez ser bom... No entanto, mesmo com a opinião "razoavel" que o filme levou do nosso amigo Carteirista, este filme (e o primeiro para quem não viu) tem mesmo de ser visto!

    ResponderEliminar
  4. Já agora, um pormenor... Acho que dizes que algumas coisas são apressadas e sinónimos desta palavra, quando acho que são simplesmente maus... mal feitos... mal pensados... etc. Porque o próprio 1º filme é o exemplo de algo que foi apressado mas que funcionou... Dado que foi bem feito... Acho que apressado não é sinonimo de mal feito.

    ResponderEliminar
  5. a questão aqui é que este se cola demasiado ao primeiro... em vez de terem optado por fazer uma prequela baseado na história do 1, deviam ter partido para outra coisa, inovar de alguma maneira... uma continuação não tem de ser necessariamente cópia fiel do primeiro! agora esta continuação, é aplicar exactamente a mesma fórmula do primeiro, mas que aqui falha... e quando digo que o final foi apressado, quero mesmo dizer isso, apressado no sentido de ser forçado, e um final algo conveniente demais! podiam ter tomado outras direcções, tomaram a mais plausível! mas pronto, só após uma visualização, se pode realmente conferir o que aqui digo

    ResponderEliminar
  6. Bom, quanto à ideia da sequela dissemos mais ao menos a mesma coisa, quanto à definição de apressado e forçado e se realmente se enquadra aqui, repara, apressado seria se o realizador por causa de algum deadline "como foi o primeiro, para despachar, fizesse algum final mais mal feito. Forçado seria se eles tivessem uma ideia e a quisessem colocar no filme sem estar inserido no contexto... Acho que nem um nem outro se enquadra no que queres dizer... Acho mesmo que foi uma má escolha do final... e acho que usas algumas vezes estes termos com um significado para ti que não vai ser igual para quem o lê percebes?

    ResponderEliminar