Número total de visualizações de páginas

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Filme da Semana: ´127 Horas' (análise)














Ficha Técnica:
Elenco / Créditos

Com: James Franco, Kate Mara e Amber Tamblym
Realizado por: Danny Boyle
Argumento: Danny Boyle / Simon Beaufoy / Aron Ralston
Produção: Danny Boyle
Género: Aventura / Drama / Thriller
Data Estreia: 24 Fev. 2011
Distribuidores: Cloud Eight Films / Pathé / 20th Century Fox / Fox Searchlight Pictures

3 comentários:

  1. A força para viver e contar a história…
    Coragem, esperança, tristeza, desespero, drama, agonia, horror, alegria e triunfo são tudo palavras que servem para caracterizar um dos filmes mais aguardados deste ano a chegar agora às salas, o arrepiante drama ‘127 Horas’ e a catadupa de emoções que vamos experienciar na próxima hora e meia quando embarcámos nesta inacreditável jornada na companhia do protagonista James Franco.
    Com cerca de 6 nomeações nos Óscares incluindo Melhor Filme e Melhor Actor, o novo filme do já galardoado Danny Boyle, conta-se como um dos favoritos na corrida às estatuetas e será no mínimo injusto se não arrecadar pelo menos uma!
    A história é sobejamente conhecida e baseia-se na obra escrita pela infeliz vítima deste acidente, onde se retrata o arrepiante infortúnio por que passou este destemido aventureiro radical, Aron Ralston (James Franco), cujo fim-de-semana de pura adrenalina e aventura nas montanhas do deserto do Utah se transformaram no pior momento da vida deste homem.
    Ao tentar descer por um sinuoso e profundo desfiladeiro, por descuido ou fruto do destino, uma enorme pedra solta-se e esmaga o braço direito do pobre Aron, encurralando-o a vários metros de profundidade, no meio do nada num cenário deveras desesperante… Começam a contar as 127 horas mais longas da vida deste homem…
    Sem meios para pedir socorro, isolado sem que ninguém soubesse do seu paradeiro, acompanhámos a incessante tentativa de Aron se libertar da quase estúpida situação em que se vê envolvido, numa fantástica demonstração de força e coragem de um homem com uma enorme vontade de viver e que estará disposto a tudo para garantir que aquela pedra responsável pelo seu calvário não leve a melhor!
    Encurralado e numa situação em que todos os minutos contam, desta vez o destemido e experiente Aron está a lutar com um adversário superior: a própria natureza.
    A sua única esperança está depositada nos poucos recursos disponíveis que tem ao pé de si. Mas à medida que as horas passam e o desespero se apodera de Aron, perante o cenário duma morte certa, chega a altura para a decisão mais horrível, mas também a mais importante da sua vida e para se libertar Aron terá de fazer o impensável!
    O que facilmente poderia ter enveredado por uma torturante visão da morte lenta e horrorosa de alguém é na verdade um poderoso drama que mostra como a nossa vontade e força interiores são uma autêntica arma de destruição quando perante situações limite, em que nos conseguimos superar a nós mesmos.
    ‘127 Horas’ é muito mais do que a luta pela sobrevivência é uma autêntica lição de vida que nos ensina a nunca perder a esperança e acreditar em nós próprios acima de tudo. Com o passar do tempo e à medida que o desespero se intensifica, como flashs Aron recorda momentos importantes da sua infância, da sua família, com os seus amigos. Quase como as páginas de um livro, o filme é estruturado por estes flashbacks em que visualizámos estas ocasiões importantes na vida de Aron e que poderão não se tornar a repetir… Pensa também nas duas últimas pessoas que apenas horas antes lhe fizeram companhia, as duas jovens Kristi e Megan. Serão as últimas coisas de que Aron se irá lembrar?

    ResponderEliminar
  2. Um remoinho de emoções e sentimentos passam pela sua mente, o arrependimento das coisas menos boas que fez, da pouca atenção que deu a aspectos que até então lhe pareciam insignificantes, mas que agora lhe tocam o coração… e a nós próprios.
    Mas apesar de todo o desespero, da tristeza e do pânico que sente, há também lugar para uma ínfima esperança e Aron está determinado em não se resignar e lutar para tentar concretizar os tantos sonhos que ainda tem pela frente!
    Em última análise, numa situação com mínimas chances de acabar bem, ‘127 Horas’ deixa bem claro a opção de um homem que tinha todos os motivos para desistir, mas que no limite escolhe VIVER a deixar-se dar por vencido…
    Com sucessivas tentativas frustradas para se tentar libertar, não é segredo nenhum a forma brutal que Aron leva por diante para se libertar. Para quem não viu ainda a mítica cena que causou tonturas e até desmaios aos mais sensíveis não é realmente paro os mais fracos de espírito. Com um realismo grotesco, mas totalmente justificável, sentimos toda a dor e desespero ao longo do momento e até para os mais habituados a este tipo de imagens gráficas é impossível não ranger os dentes e sentir todo o desconforto e agonia no peito que as imagens acarretam. Para os mais sensíveis… é virar a cara ou fechar os olhos.
    Com uma banda sonora envolvente, cenários deslumbrantes, a atenção aos detalhes e com o estilo de filmagem muito próprio de Danny Boyle , nunca por um momento o filme é aborrecido, ainda que estejamos na companhia de uma só personagem… No desespero da situação há ainda lugar para alguns momentos mais descontraídos e que atestam bem a personalidade forte de Aron que mesmo ali encurralado conseguiu manter o bom espírito na medida do possível…
    Um filme não sobrevive sem o seu protagonista e justo será dizer que James Franco tem aqui o seu papel de eleição, tanto físico como emocional, ao qual se entrega com todo o seu ser num retrato absolutamente fiel e tocante! Uma autêntica força da natureza que merece todos os elogios e cujo Óscar será inteiramente merecido!
    Em última análise ‘127 Horas’ é um filme tocante e uma experiência para os sentidos verdadeiramente avassaladora! Danny Boyle pode não repetir o sucesso que teve com ‘Quem Quer Ser Bilionário’ mas consegue deixar a sua marca no espectador com um filme tão triunfante como a história inacreditável que se propõe narrar e que ao rolar dos créditos apetece aplaudir de pé! Um dos melhores filmes do ano! Para ver e apreciar e só podia ser considerado Excelente/Perfeito e arrecadar um 4.5 na nossa classificação! Vejam!

    O melhor:
    - Sem dúvida James Franco que nos agarra desde o primeiro momento num desempenho fantástico; a banda sonora; o estilo arrojado e moderno das filmagens; os magníficos cenários; o triunfante desfecho!

    O pior:
    - Muito sinceramente, nada de relevante!

    ResponderEliminar
  3. Bom, não vi mas na minha opinião não seria um filme que sem ver, teria muito interesse em ver sabendo de antemão o que seria. Um filme deste para funcionar só mesmo com uma grande actuação do actor principal, e se realmente como o nosso amigo Carteirista diz, ter sido um bom filme, então Franco teve bastante influencia nisso! Não falo em Oscares porque não acredito neles, mas sem duvida mais uma vitória de Franco!

    ResponderEliminar