Número total de visualizações de páginas

sexta-feira, 4 de março de 2011

A radiação cósmica de fundo indicia outros universos?

A colisão entre o nosso Universo e outros universos deixaria a sua assinatura na CMB, a radiação cósmica de fundo, que nos chega com o comprimento de onda das micro-ondas?

Um recente estudo sobre o levantamento da CMB levada a cabo pelo WMAP indicia "impressões"  que seriam resultantes da colisão de outros universos com o nosso.
O Modelo Cosmológico Padrão pressupõe que numa pequeníssima fracção do primeiro segundo após o Big-Bang se deu a Inflacção, isto é, uma expansão exponencial do Universo nascente. Alguns físicos suspeitam que a Inflacção ainda acontece, está a iniciar-se nalgumas regiões enquanto que noutras está a terminar, fazendo parte do nosso Universo.

Neste quadro de um Universo com uma Inflacção eterna novos universos estão continuamente surgindo como bolhas num vasto mar expansivo do espaço-tempo.
Muitos desses universos deverão formar-se bem longe uns dos outros. Porém, universos nascidos juntos poderiam colidir se a sua velocidade de expansão fôr superior à velocidade de expansão do espaço-tempo entre eles.

Se o nosso Universo fosse atingido por um outro universo-bolha, do impacto resultaria a libertação de gigantescas explosões de energia. Se isso tiver acontecido antes da Inflacção terminar numa determinada região do nosso Universo, poderia deixar uma marca que ainda hoje seria detectável.

Stephen Feeney e os seus colegas da Unversity College of London afirmam que terão visto tais impressões na CMB, a radiação que nos chega dos fotões emitidos quando se deu  o acoplamento dos fermiões aos hadrões, isto é, se formaram os átomos de hidrogénio e algum, muito pouco, hélio e vestígios do lítio. Quando o Universo não teria ainda 400.000 anos.

Quente e frio:

Uma colisão alteraria a duração da Inflacção na zona do impacto. Se a expansão se prolongasse por mais tempo do que o expectável então a densidade da matéria seria menor do que nas regiões vizinhas. Isso apareceria como um ponto frio na CMB. Pelo contrário, um menor período temporal ocorrido na Inflacção acarretaria o surgimento de um ponto quente.

Stephen Feeney e os seus colegas calcularam os perfis de temperaturas prováveis para esses impactos. Depois procuraram-nos identificar nos dados da CMB recolhidos pelo WMAP, o Wilkinson Microwave Anisotropy Probe, observatório espacial da NASA.

A pesquisa centrou-se à volta de quatro manchas circulares, cada uma cobrindo uma área do céu equivalente a pelo menos o tamanho de oito luas cheias. Um deles é um lugar frio, que já havia sido citado como prova de um outro universo interagindo com o nosso.

Mathew Jonhson, do Instituto Perimeter de Física Teórica, Canadá, diz que não há uma explicação óbvia para essa constatação.

Cartões de chamada:

Se as colisões com outros universos criaram essas "impressões" então  deveriam ter deixado outros registos, outros cartões de chamada, na CMB como, por exemplo, uma assinatura reveladora da orientação ou da polarização dos fotões da CMB.

O satélite Planck, da Agência Espacial Europeia, que foi lançado em 2009, deverá ser capaz de detectar esses sinais. Os seus primeiros mapas completos, de todo o céu, das micro-ondas deverão estar prontos em 2012.

 Thomas Levi, da British Columbia University, Vancouver, Canadá, refere que, mesmo que seja apenas um desses pontos  a bolha da colisão com um outro universo, seria uma descoberta de primeira grandeza. A descoberta reforçaria teorias, como a Teoria das Cordas, que exigem um vasto número de universos com propriedades diferentes.

Para Alexander Valenkin, da Tufts University, Medford, Massachusetts, U.S.A., é encorajador terem encontrado candidatos mas, acrescenta, mesmo que existam universos-bolha podem não ter sido formados a uma taxa em  que estaria garantida uma colisão com o nosso.

2 comentários:

  1. Para muitos que fantasiam com Multi-universos (Eu sou um "fâ", se poderemos dizer assim) esta noticia é do vosso agrado... Não é dado como certo, no entanto existe uma teoria na qual estes cmb são "cinzas" de dois Universos chocarem! Se isso for verdade, bem nos podemos começar a concentrar em construir maquinetas para viajarmos entre Universos!

    ResponderEliminar
  2. lol muito bem realmente bastante interessante este artigo... mas estas coisas são sempre tão massivas que torna-se um pouco difícil de encaixar para nós, seres tão minúsculos aqui à beira "láctea" plantados... é que é sempre a subir... parti-mos da "pequena" terra para um sistema solar, para uma galáxia, depois há centenas e centenas de galáxias e por fim o Universo infinito, e agora ainda vem esta de existirem vários universos? lol como encaixar haver várias "coisas" de algo já de si infinito? brrrrrrrrrbbbbbbbbbbbb understand?! lol

    ResponderEliminar