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domingo, 10 de julho de 2011

Filme da Semana: ´Hanna' - (análise)















Ficha Técnica:
Elenco / Créditos

Com: Saoirse Ronan, Eric Bana, Cate Blanchett e Tom Hollender
Realizado por: Joe Wright
Argumento: Seth Lochhead / David Farr
Produção: Barbara A. Hall / Marty Adelstein
Género: Acção / Crime / Mistério
Data Estreia: 06 Julho de 2011
Distribuidores: Sony Pictures Entertainment / Focus Features

3 comentários:

  1. Nascida para matar?!

    Chegou às salas esta semana o novo filme do realizador Joe Wright – ‘Hanna’, e apesar de ser algo novo nestas andanças (realizou apenas 3 filmes) pode-se dizer que é sem dúvida um realizador competente e sem medo de explorar outros géneros, pois os seus anteriores filmes são puros dramas.
    Ainda que este ‘Hanna’ tenha na sua narrativa uma forte carga dramática, é sem dúvida um filme mais voltado para a acção que, pode-se dizer, esta em quantidade demasiado reduzida para mal dos nossos pecados, e do filme…
    A história centra-se em torno da jovem inocente Hanna (Saoirse Roman), que tem uma vida muito diferente das demais raparigas da sua idade e um propósito muito específico…
    Criada e treinada em absoluto isolamento nas geladas florestas do Norte da Finlândia pelo seu pai Erik (Eric Bana), um ex-agente secreto, Hanna é uma verdadeira máquina assassina, perita em artes-marciais, armas, combate corpo-a-corpo e de uma inteligência acima da média.
    Porque raio uma miúda de 16 anos se havia de submeter a um treino digno de um corpo de Fuzileiros do exército?
    Aos poucos a resposta vai sendo desvendada, mas o grande oponente desta miúda dá pelo nome de Marissa Wiegler (Cate Blanchett), uma fria e implacável agente da CIA que persegue impiedosamente Hanna desde praticamente o seu nascimento…
    Revelar as motivações e o porquê por detrás destes eventos seria estragar grande parte da descoberta do filme, mas pode-se dizer que, à semelhança de outros filmes com agentes secretos ao barulho, podem contar com programas “especiais” do governo, conspirações ultra-secretas, mistérios, etc etc, e chega o dia em que a jovem Hanna tem de decidir se vai andar fugida o resto da vida ou tomar uma posição e enfrentar a sua rival duma vez por todas.
    Quando o cerco começa a apertar, Hanna vê-se forçada a colocar em prática todo o treino e conhecimentos que adquiriu e embarcar numa perigosa jornada no “mundo real”, longe da protecção da floresta, que a irá levar a descobrir toda a verdade do seu passado, bem como ver e sentir coisas que até agora nunca tinha tido contacto…
    Parte mistério/espionagem, parte drama, ‘Hanna’ é uma espécie de mistura dos dois e é uma pena que nem sempre as várias componentes do filme estejam mais equilibradas e somos forçados a admitir que ‘Hanna’ é demasiado dramático para o seu próprio bem.
    Por um lado temos a componente da história de ‘Hanna’ que se empenha em descobrir a verdade das suas raízes servindo-se de todas as suas skills para o conseguir… por outro, temos a vertente mais pessoal e dramática de uma jovem sem identidade que acompanhámos praticamente na descoberta de um novo mundo, experienciando pela primeira vez coisas tão banais como ouvir música…
    Mas a verdade é que quem for à espera de encontrar em ‘Hanna’ um estilo de filme tipo Jason Bourne ou Jack Bauer, a dar excertos de porrada a tudo e todos, com a “novidade” de termos uma miúda como protagonista, pode ver as expectativas goradas.
    ‘Hanna’ é quase uma espécie de conto-de-fadas, com um cheirinho de espionagem pelo meio, o que não é mau de todo, mas pode desiludir quem fosse à espera de um filme com mais acção!

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  2. Apesar disso, o filme tem os seus bons momentos e felizmente temos uma jovem actriz absolutamente deslumbrante no seu papel como protagonista.
    Saoirse Roman, um dos jovens talentos da actualidade, melhor lembrada talvez pelo seu papel da doce Susie Salmon em ‘The Lovely Bones’ de Peter Jackson mostra aqui todo o seu talento como actriz, retratando muito bem quer o papel de jovem inocente e vulnerável à descoberta do mundo pela primeira vez, com todos os seus perigos, mas também o papel de fria assassina capaz de enfrentar e derrotar homens armados com o dobro do seu tamanho!
    Eric Bana, no papel de pai de Hanna, está também bem no seu papel e realmente depois que nos damos conta da história por trás do filme, bem que podemos dar razão ao homem para todo o treino intensivo a que sujeitou a própria filha.
    Só é pena que a sua personagem seja algo mal aproveitada, não fazia mal nenhum ter um pouco mais de cenas na sua presença.
    Fenomenal está sim a vilã de serviço e Cate Blanchett tem talvez aqui o seu melhor papel como má da fita e a sua personagem quase dá calafrios de ver, é uma mulher fria, assustadora, calculista, sem escrúpulos, e que não olha a meios para atingir os fins!
    Uma mulher má como as cobras!
    Passando para os aspectos mais técnicos, não há nada de muito errado a apontar, as cenas de acção são empolgantes e bem executadas mas como foi referido é realmente uma pena que o realizador tenha dado mais tempo à parte dramática da personagem e da descoberta da sua identidade… seria muito mais interessante ver um filme voltado para a espionagem ao estilo da saga Bourne, com uma miúda como protagonista, numa campanha de vingança desenfreada contra os seus inimigos…
    Infelizmente, isso não acontece o que é realmente uma pena, pois quase apetece dizer que se perde tempo com pormenores que nos cansam, quebram o ritmo do filme e o tornam por vezes aborrecido de ver.
    De salientar ainda também os vários cenários do filme que passam das gélidas planícies das florestas da Finlândia, passando pelo deserto, Marrocos, e por fim Berlim!
    Quase parece um roteiro turístico!
    Outro forte componente do filme é sem dúvida a banda sonora a cargo dos The Chemical Brothers, com sons fortes e batidas ritmadas, que são verdadeiro mel para os ouvidos!
    Uma palavra ainda para o final que sinceramente podia ter sido melhor conseguido e que deixa uma clara sensação de “só isto” no ar…
    Em conclusão, ‘Hanna’ não é um mau filme, mas com o material que tem, podia ter sido muito melhor!
    Assim, temos apenas um filme mediano, com alguns pontos muito bons e que jogam a seu favor, mas também quase em igual quantidade aspectos menos bons, que podem aborrecer os espectadores mais exigentes!
    Leva um 3.0, Suficiente/Razoável!

    O melhor:
    - A jovem protagonista num papel fantástico; a vilã de serviço, má como as cobras; as localidade variadas em que o filme se passa; a banda-sonora; as (poucas) cenas de acção.

    O pior:
    - Um filme que não soube equilibrar da melhor maneira a parte dramática e de acção, dando clara preferência pela primeira, o que é uma pena; muito pouca acção para um filme que podia e devia usá-la; alguns aspectos que estão “a mais” e algo fora do contexto e que quebram em muito o ritmo do filme.

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  3. Bom, não vi o filme e nada mais posso acrescentar que não seja pelo que foi descrito aqui, não é para já, um filme que queira ver...

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