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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Filme da Semana: ´Warrior - Combate Entre Irmãos' (análise)



 





Ficha Técnica:
Elenco / Créditos

Com: Tom Hardy, Joel Edgerton, Nick Nolte, Frank Grillo e Kevin Dunn
Realizado por: Gavin O'Connor
Argumento: Gavin O'Connor / Anthony Tambakis / Cliff Dorfman
Produção: Vários
Género: Acção / Drama / Desporto
Data Estreia: 12 Janeiro de 2012
Distribuidores: Lionsgate

3 comentários:

  1. Os guerreiros da arena…

    As histórias tocantes de dramas ligados ao desporto têm-se traduzido em excelentes filmes com interpretações soberbas e este ano temos mais uma!
    Em 2010 o grande campeão dos ringues foi o excelente ‘The Fighter’, que arrecadou 2 Óscares e dois anos volvidos eis que finalmente (!!!) chega até nós outra excelente adaptação com este ‘Warrior – Combate Entre Irmãos’ devendo-se a exclamação ao facto do considerável atraso com que o filme estreia entre nós (estreou já em Setembro nos States).
    Mas antes tarde que nunca pois apesar de à partida se saber que não irá ganhar nenhum Óscar, temos aqui uma das grandes estreias do ano!
    À semelhança de outros filmes na mesma linha ‘Warrior’ conta-nos uma história dramática que serve como pano de fundo para um filme intenso e cheio de emoção.
    O grande inimigo aqui passa das drogas para o álcool, igualmente destruidor como vamos perceber!
    ‘Warrior’ conta-nos a história da família Conlon com Paddy Conlon (Nick Nolte) à cabeça na figura de um pai que destruiu (literalmente) a sua família devido à dependência da bebida!
    Os seus dois filhos, Tommy (Tom Hardy) e Brendan (Joel Edgerton) seguiram caminhos diferentes e sem o pai a quem deixaram de dar importância. Tommy saiu de casa com a mãe na adolescência para fugir aos maus-tratos do pai e regressa a casa, anos depois, adulto, infeliz e sem grande rumo na vida.
    O seu irmão Brendan parece ter seguido outro caminho, constituiu família, trabalha como professor de física num liceu e tem tudo para ser feliz…
    Invariavelmente o caminho destes três homens volta a juntá-los partindo de uma paixão em comum: artes marciais. Paddy trabalhou como treinador dos seus dois filhos na infância e Tommy arrecadou até alguns troféus antes de sair de casa mostrando-se dotado na modalidade, neste caso as MMA (Mixed Martial-Arts).
    Após uma pequena demonstração Tommy arranja motivação e vontade para voltar a treinar.
    O prémio? 5 milhões para o vencedor num torneiro conhecido como Sparta, onde 16 lutadores se defrontam entre si e só um irá levar toda aquela fortuna para casa. Relutante, Tommy vai procurar o pai para o treinar, desprezando-o no que ao resto diz respeito e apenas com o torneio em mente, afastando qualquer hipótese de fazer as pazes.
    Paddy, apesar de mudado e de tentar desesperadamente não consegue conquistar a confiança dos filhos, tendo-se tornado num velho solitário, triste e desprezado por todos.
    Por diferentes motivos (estes de ordem financeira) e com a ajuda de um velho amigo Frank (Frank Grillo) que aceita treiná-lo, Brendan consegue um lugar no torneio Sparta desconhecendo por completo que nesse mesmo torneio está o seu irmão Tommy.
    O confronto é inevitável.
    Está dado o pontapé de saída para uma história à partida já recriada em tantos outros conceitos, mas que no fim, realizador e actores se empenham com tanto esforço e vida que tudo funciona fazendo deste filme um dos melhores do ano.

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  2. Gavin O’ Connor, o realizador, opta e bem por uma estrutura de filme que nos dá a conhecer toda a história por detrás destas personagens, tornando assim uma primeira parte mais parada e dramática mas que rapidamente é compensada mal o torneio Sparta se desenrola e os combates tomam lugar.
    Assim, podem contar com uma primeira parte muito calma e algum drama mas que não é de todo maçadora já que nos mantemos genuinamente investidos nestas personagens e nas suas famílias, bem como nas histórias pessoais de cada um.
    Mas é definitivamente quando torneio começa que as coisas arrancam e se tornam mais emocionantes e à medida que cada um dos irmãos começa a eliminar os seus adversários cresce em nós aquele nervoso miudinho de saber como irá ser o combate final.
    A juntar à festa temos claro os entusiásticos comentadores de serviço que aumentam ainda mais a adrenalina e o espectáculo e transmitem toda a emoção do que estamos a ver!
    Os combates são filmados de forma soberda e ambos os actores que dão corpo a estes homens entregam-se de alma e coração, assim como Frank, nas suas instruções para levar Brendan à vitória.
    Como não há luvas de boxe aqui é tudo muito mais brutal e físico e não são poucos os momentos em que sentimos um arrepio na espinha com a violência dos embates e as marcas que deixam.
    Tom Hardy está soberbo como Tommy e apesar de não falar muito, só a sua presença no ecrã diz tudo e conforme vamos descobrindo mais sobre o seu triste passado, mais ficámos a gostar dele! Fisicamente, temos aqui uma autêntica besta de músculos e mal podemos esperar para ver Hardy desempenhar o vilão Bale, no próximo filme do Batman!
    Joel Edgerton retrata uma personagem mais fechada mas retrata muito bem o papel de alguém que apenas quer o melhor para a sua família e faz todos os sacrifícios para o conseguir.
    É contudo o pai destes dois que mais se destaca e é o veterano Nick Nolte que merece quase aplausos pela sua personagem Paddy, numa interpretação de tocar o coração de um pai que depois de um passado sombrio, tenta agora talvez tarde de mais a reconciliação com os seus filhos. O derradeiro combate é penoso de ver e quase nos deixa tristes de tanta emoção!
    ‘Warrior’ é um filme tocante e apesar da sua história algo banal, o fantástico elenco de personagens, a devoção com que interpretam os seus papéis, uma realização soberba e toda a fantástica sequência de combates emotiva e cheia de garra fazendo-nos vibrar, fazem deste filme um dos obrigatórios de 2012 e um verdadeiro campeão… na arena!
    Leva um 4.0, Bom/Aprovado!

    O melhor:
    - A excelente realização de Gavin O’Connor; o elenco de actores que dá vida a estas personagens e às suas histórias; o torneio Sparta e os combates brutais carregados de emoção; o derradeiro ajuste de contas final que quase nos dá pena assistir.

    O pior:
    - É preciso aguentar uma primeira parte mais dramática, o que pode “enganar” alguns espectadores mais desejosos pela acção! Mas a espera compensa!

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  3. Não vi, não posso dizer nada com certeza, mas pelo que li, apesar de Carteirista vincar bastante a parte dos combates e emoções que estão subjacentes, não posso deixar de notar a similaridade entre este 'tipo' de filme e os famosos do Van Damme... Em especial, o drama inicial, o Torneio, as Artes Marciais... E bom, resultou antes, resulta agora... Mas sinceramente, drama na primeira metade da história e a história que parece ser 'mais do mesmo', não me motiva...

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