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domingo, 5 de fevereiro de 2012

Filme da Semana: ´Chronicle - Crónica' (análise)




Ficha Técnica:
Elenco / Créditos

Com: Dane DeHaan, Alex Russel, Michael B. Jordan, Michael Kelly e Ashley Hinshaw
Realizado por: Josh Trank
Argumento: Josh Trank / Max Landis
Produção: John Davis / James Dodson
Género: Acção / Drama / Ficção
Data Estreia: 02 Fevereiro de 2012
Distribuidores: 20th Century Fox

4 comentários:

  1. O poder… para fazer o mal!
    (seguem-se alguns spoilers)

    Um dos géneros mais lucrativos (e em moda) nos dias que correm, os super-heróis, têm sido sistematicamente adaptados ao cinema e é raro o herói das histórias aos quadradinhos a não receber o tratamento cinematográfico, desde o Super-Homem, ao Homem-Aranha, Homem de Ferro, Capitão América, Thor e em breve o filme que vai juntar no grande ecrã todas as super-estrelas em ‘Os Vingadores’.
    Os estúdios têm apostado forte neste género com sucessivas sequelas, prequelas, reboots etc etc arrecadando milhões e milhões de lucros.
    Felizmente que na sua grande maioria todos estes filmes têm feito justiça aos seus heróis traduzindo-se em adaptações de qualidade e verdadeiras fontes de puro entretenimento.
    O que se passa neste ‘Chronicle – Crónica’ é bastante diferente do acima descrito e introduz uma abordagem nova ao género dos super-heróis, as famosas ‘found footage’, isto é, filmes onde vemos os acontecimentos pelas gravações de um dos intervenientes.
    Sendo usado extensivamente no género do terror (‘Actividade Paranormal’; ‘Rec’; ‘Projecto Blair Witch’ o estreante realizador Josh Trank pensou em aplicar a técnica neste filme… Resultado? Acertou em cheio e ‘Chronicle’ é a primeira grande surpresa do ano surgindo do nada um filme original, arrepiante e absolutamente chocante!
    A história de ‘Chronicle’ gira em torno de três vulgares amigos de escola, Andrew Detmer (Dane DeHann), Matt Geretty (Alex Russel) e Steve Montgomery (Michael B. Jordan) que dão por mero acaso com um estranho buraco no meio do mato onde encontram uma estranha superfície luminosa.
    Depois do sucedido é notório que algo mudou neles e apercebem-se que ganharam capacidades telecinéticas, conseguindo mover objectos com o poder da mente.
    As coisas começam até bastante engraçadas e descontraídas com os jovens a fazerem o que cada um de nós faria: brincar com a sua nova habilidade pregando partidas a toda a gente! Mas à medida que o tempo passa a sua habilidade torna-se mais forte, e em vez de peças de lego os jovens apercebem-se que podem deslocar carros, destruir estruturas e até voar… Quando as coisas vão um pouco longe de mais e culminam num aparatoso acidente devido às suas descuidadas brincadeiras o grupo estabelece uma série de regras para evitar magoar mais inocentes...
    Claro que cedo percebemos que as regras de nada servem e à medida que a própria relação entre eles se deteriora, mais perigosas e catastróficas se tornam as suas acções, muito por culpa de Andrew, porventura o mais forte do grupo e também o mais instável psicologicamente.
    Vindo de um lar onde reina a violência, com um pai alcoólico, que bate no filho e a mãe com uma doença terminal, Andrew revela-se um autêntico comboio desgovernado e de rapaz tímido e inseguro, rapidamente usa os seus poderes numa escalada de violência brutal para mostrar toda a sua raiva naquele que é sem dúvida, o ponto principal desta história recheada de voltas e reviravoltas e que nos prende a cada momento.

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  2. Claro que uma boa história de nada serve sem bons actores para a viver e felizmente nessa área ‘Chronicle’ conta com um trio de talentosos jovens cujo à vontade em frente à câmera
    espanta permitindo-nos embrenhar por completo nesta verdadeira corrida de emoções!
    Cada uma das três personagens tem a sua personalidade e desde cedo nos ligamos a elas pensando que podia ser qualquer um de nós a viver naquela situação.
    A revelação contudo é sem dúvida do jovem Andrew, que personifica na perfeição todo o rol de emoções por que a sua personagem passa, de jovem tímido e pacato para um atormentado com graves problemas psicológicos e um poder devastador.
    Uma prestação sem dúvida notável que nos merece todo o reconhecimento.
    Passando para outros aspectos, podem contar com algumas das famosas cenas em “câmera tremida” tão vulgares neste tipo de filmagens, mas no geral as cenas são fluídas e muito bem executadas e a inteligente ideia de Andrew em usar a sua habilidade para manusear a câmera é espectacular garantido cenas extremamente bem conseguidas que de outra forma não se poderiam obter. Claro que associado ao género há também aquele sentimento já recorrente da credibilidade perante situações limite como aqui se vêem, das personagens terem como grande preocupação continuarem de câmera na mão a filmar o que se passa em vez de fugirem, ou socorrerem quem está em perigo… felizmente o efeito quase não se nota e todas as situações retratadas são bastante credíveis e realistas!
    Em termos visuais e tendo em conta o provável baixo orçamento usado, ‘Chronicle’ é um festim para os olhos e os efeitos especiais não ficam nada atrás duma grande super-produção! São naturais, realistas e fazem-nos verdadeiramente acreditar nas capacidades destes jovens sendo muitas as cenas em que quase nos espanta a qualidade do que estamos a ver para um filme vindo de um ilustre desconhecido. Destaque para as fantásticas cenas de voo e as várias “experiências” em que o trio explora os seus poderes; mas sem dúvida que o melhor está reservado para o fim em 15 minutos de pura adrenalina numa sequência de imagens que quase deixa pena por terminar, usando-se de forma brilhante inúmeras fontes de captação de imagens das câmeras instaladas em carros de polícia e de vários pontos da cidade.
    O resultado é explosivo, literalmente e deixa-nos boquiabertos quando tudo termina!
    Em conclusão, ‘Chronicle’ é uma lufada de ar fresco no género e ao tentar esta nova abordagem acerta em cheio! È original, bem executado e dotado de verdadeiros talentos, conseguindo a proeza que certos filmes de super-heróis não conseguem no que toca às consequências em, de repente, podermos fazer o papel de Deus tornando-nos nos seres mais poderosos do planeta!
    Por tudo isto este filme só pode ser altamente recomendado e só é pena tudo acabar demasiado depressa! Só pode levar um 4.5, um filme Excelente/Perfeito!

    O melhor:
    - A original abordagem ao género; os fantásticos efeitos visuais; o talentoso grupo de actores; a fluída captação das filmagens; o final absolutamente memorável; a exploração bem conseguida da temática de super-poderes/irresponsabilidade; o talentoso jovem realizador.

    O pior:
    - Os ligeiros problemas típicos do género “found footage”; ficamos sem saber a origem do poder do grupo; a história do “superpredador” parece um pouco forçada e fora do contexto; o que é bom… acaba depressa e por fim, quem raio escolheu o título do filme?!

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  3. Única coisa que tenho a dizer... Tenho de ver este filme!!!

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  4. bem este sem dúvida é das primeiras grandes surpresas deste ano! oxalá todas as semanas houvesse um filme com a qualidade deste! e já agora oxalá este realizador não tenha tido uma partida em falso e realizado uma brutalidade destas para daqui pra frente só começar a sair porcaria! seria uma pena!

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