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domingo, 30 de setembro de 2012

Filme da Semana: 'Dredd 3D' (análise)

 


Ficha Técnica:
Elenco / Créditos

Com: Karl Urban, Olivia Thirlby e Lena Headey
Realizado por: Pete Travis
Argumento: Carlos Ezquerra / Alexa Garland
Produção: Vários
Género: Acção / Ficção
Data Estreia: 27 Setembro de 2012
Distribuidores: DNA Films / IDC

5 comentários:

  1. A Lei… executa-se nas ruas!

    Após uma incursão não muito memorável nos anos 90, com Sylvester Stallone no papel principal, eis que ‘Dredd’ volta a ter uma nova oportunidade, dando uma nova vida à personagem da BD.
    Para os menos familiarizados o mundo da saga passa-se no futuro, onde a América se tornou um lugar completamente devastado e árido e o mais próximo que existe duma cidade são gigantescos complexos de apartamentos onde as pessoas vivem como marginais e o crime é a única saída para muitos, num mundo aparentemente sem lei, onde gangs da pior espécie têm o controlo.
    No meio do caos que impera, são os chamados Juízes os únicos elementos a trazer alguma ordem à sociedade. Esta espécie de agentes da lei têm poderes amplos, e podem não só acusar um criminoso em flagrante delito, como julga-lo e logo ali ditar a sentença, que na maioria dos casos termina com uma bala no meio da testa.
    A acção de ‘Dredd’ passa-se então nesta América devastada, especificamente em Mega City One, uma vasta metrópole sobrepovoada e em total decadência.
    É num desses complexos de apartamentos – Peach Trees – que acompanhámos o Juíz Dredd (Karl Urban), um dos mais respeitosos e temidos na cidade e a sua nova recruta aspirante a Juíz, Anderson (Olivia Thirlby) com uma capacidade muito particular que não vamos desvendar mas que se vai revelar uma mais-valia ao longo do filme.
    É em Peach Trees – um gigante edifício com 200 andares - que a grande parte de ‘Dredd’ se desenrola, quando os nossos heróis são chamados a investigar o que parece um “normal” caso de homicídio. Infelizmente para eles, o que seria um crime de fácil resolução torna-se uma luta pela sobrevivência quando descobrem que a responsável pelo delito é a perigosa Ma-Ma (Lena Healey).
    Ma-Ma é uma ex-prostituta que sobe na hierarquia e se torna líder de vários gangs, sendo temida e respeitada por todos. Acontece que gere também uma operação de fabrico e distribuição de uma nova droga, a Slo-Mo, cujos efeitos passam por criar no cérebro a ilusão de que as coisas se passam literalmente em câmara lenta.
    Quando é capturado por Dredd um prisioneiro capaz de deitar por terra todo o negócio de Ma-Ma, a “festa” começa, sendo os dois Juízes presos no edifício e com a cabeça a prémio.
    A única saída é escalar os 200 andares e capturar Ma-ma. Parece canja… mas não será!
    O que se segue é um verdadeiro festival de matança com muitos tiros, explosões e mortes violentas pelo meio.
    Os mais aficionados pelo “espectáculo” neste tipo de filmes, podem ficar algo desiludidos já que toda a acção do filme se passa neste ambiente fechado. Não sendo um conceito mau de todo (já que muito acontece no decorrer do filme), os que estavam à espera de algo em maior escala vão ficar e pedir mais. De facto, é uma pena que o festim visual dos momentos iniciais desapareça durante praticamente o resto do filme. Uma pena!

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  2. Questões de orçamento limitaram, pelos vistos, a equipa, mas ainda assim há muito aqui para gostar. Filmado no local, na África do Sul, Mega City One capta na perfeição o efeito de terra árida e devastada que se pretende transmitir, mostrando um mundo credível e quase natural!
    Contudo esta aparente falha é rapidamente colmatada pela acção non-stop que decorre a um ritmo alucinante. São muito poucos os “tempos mortos” em ‘Dredd’ e as coisas aquecem na mesma medida que os nossos heróis sobem andar por andar.
    Em igual escala sobe também a violência. Não será exagero dizer que ‘Dredd’ é um dos filmes mais violentos do ano com a “agravante” de vermos tudo em grande detalhe e claro está, em câmara lenta! Corpos despedaçados contra o betão, feridas causadas por balas com sangue a jorrar por todos os orifícios, é uma autêntica carnificina. Se são do tipo sensíveis, é melhor pensarem duas vezes antes de irem para a sala.
    No entanto a violência é aqui de todo justificável já que este mundo é todo ele violento e perigoso. Não andam aqui cidadãos bonzinhos e cumpridores da Lei!
    Passando para as interpretações, nada de especial a apontar.
    Karl Urban que até aqui tinha participado em papéis menores, está como peixe na água no papel de Dredd. A sua personagem é carismática, misteriosa, intimidatória e rapidamente percebemos que este gajo não é para brincadeiras e leva o seu trabalho muito a sério.
    Além disso há toda uma sensação de “algo mais” por detrás daquele grande capacete que deixa antever algum segredo do passado, mas que nunca é revelado… talvez num próximo filme da saga?
    Por oposição ao típico “machão” que a personagem de Dredd acarreta, temos a adorável e até simpática Anderson, uma recruta nova nestas andanças mas que cedo aprende os custos de tamanha carreira e que a justiça nem sempre é justa. Fazem ambos uma excelente equipa e tanto um como outro dão bem conta do recado nas cenas de maior acção.
    Curiosamente do lado dos mauzões, as coisas não são tão boas. Lena Healey mais conhecida pelo seu papel na mítica série ‘Guerra dos Tronos’ é uma vilã algo vazia e sem grandes motivações. Talvez um mais demorado olhar pelo seu passado nos permitisse ligar mais à personagem… assim apenas serve o seu papel de má da fita, ainda que tenha uma cena memorável com muitas balas à mistura. Por fim, temos o 3D, que curiosamente está muito bem conseguido para um filme de orçamento “limitado” mas são sem dúvida as poucas mas fantásticas cenas em câmara lenta que mais vão encher o olho!
    Em última análise ‘Dredd’ acaba de ser reintroduzido no cinema e da melhor maneira cumprindo plenamente o seu propósito! Certamente está aí a próxima saga de sucesso das BD’s! Para os fãs e não só!
    Leva um 4.0 Bom/Aprovado!

    O melhor:
    - Sólidas representações dos protagonistas; os bem conseguidos efeitos visuais; as espectaculares cenas em câmera lenta; a ação a rodos; sequela garantida?

    O pior:
    - A vilã de serviço não convence; a abordagem “reduzida” com que é retratado o Universo Dredd; a acção em ambiente fechado, que não permite mostrar mais!

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  3. Do que foi dito, tenho que sublinhar o facto que o filme ter estado centrado só no prédio, dá a sensação de que vimos metade de um filme quando saímos do cinema! De resto, vendo o Dredd original, preferia ver Stallone como Dredd e realmente aqui o mão da fita foi fraco (será que tivemos a sensação do Dredd estar realmente em perigo durante o filme?) salvando se a história que foi aceitável e, especialmente, o tipo de acção "à expendebles" onde vemos o herói "sempre a dar lhe" o que, na minha opinião, e acompanhado com as excelentes imagens, é os pontos fortes do filme. No Geral, um bom filme.

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  4. Dado que é um bom filme como eu disse, de 0 a 5 , é um 4.

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