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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Cadáver errado atrasa velório e revolta família

Maria de Lurdes Fernandes nem queria acreditar no que aconteceu no velório do marido: quando abriram o caixão na capela dos Alfaiates, no Porto, o corpo não era o do ente querido. E teve de convencer os responsáveis da agência funerária de que tinha razão. 

 
foto Rui Oliveira/Global Imagens
Cadáver errado atrasa velório e revolta família

 
No átrio da capela dos Alfaiates, na Praça da Batalha, no Porto, todos os que ontem ali se deslocaram para o último adeus a Manuel Fernandes Júnior começaram a estranhar o facto de a funerária estar bastante atrasada na entrega do cadáver.

Estava previsto que o corpo fosse ali depositado por volta das 14.30 horas, mas isso só viria a acontecer quatro horas mais tarde. E o pior estava ainda para acontecer...

"Trouxeram-me um cadáver que não era o do meu marido", dizia-nos a viúva, Maria de Lurdes Fernandes, à frente da capela dos Alfaiates, depois de terem levado o corpo do desconhecido que foi tomado por Manuel Júnior. "Isto é uma pouca-vergonha", deixou escapar, naturalmente revoltada.

Mal viu o cadáver do desconhecido, a mulher vestida de negro desatou logo em prantos a dizer que aquele não era o marido com quem esteve casada mais de 30 anos. "Mas os senhores da funerária não queriam acreditar e tive de lhe tirar as meias para ver os pés e procurar outros sinais que ele tinha", afirmou a viúva, que acabou por conseguir provar que estava certa. "Disse-lhes logo que o meu marido tinha um bigode mais fininho, que nunca tinha visto aquele homem", juntou, não conseguindo esconder toda a sua indignação.

Em frente à capela, os presentes entreolhavam-se com perplexidade. Esperava-se que o cadáver certo fosse entregue "a qualquer instante", soltava Maria de Lurdes, telemóvel colado à orelha, rosto marcado pela incredulidade.

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